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Haddad afirma que déficit de 2024 ficou abaixo do esperado

7 jan 2025 - 16h53
(atualizado às 16h56)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7), em entrevista à GloboNews, que o déficit primário de 2024 será de 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB), número abaixo do esperado pelo mercado. Ele também destacou que a economia brasileira deve crescer 3,6% no próximo ano.

Brasil terá déficit de 0,1% em 2024, diz Haddad
Brasil terá déficit de 0,1% em 2024, diz Haddad
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil / Perfil Brasil

Haddad mencionou que as projeções de mercado para o déficit estavam superestimadas. "Um ano atrás, a previsão do mercado era de 0,8% do PIB. Vamos nos lembrar que era antes do episódio trágico do Rio Grande do Sul que consumiu 0,27% do PIB para atender a população. Era 0,8%, vamos terminar o ano com 0,1% do PIB", disse o ministro.

Além disso, ele mostrou otimismo com 2025, afirmando que os resultados fiscais podem surpreender novamente. "Assim como aconteceu com 2024, que o mercado estava projetando um déficit muito maior do que o que aconteceu, acredito que em 2025 nós vamos ter o mesmo resultado", afirmou.

Comunicação falha é desafio para o governo, admite Haddad

Durante a entrevista, Haddad reconheceu falhas de comunicação no governo e apontou a necessidade de ajustes. "Nós tivemos um problema grave de comunicação. Precisamos nos comunicar melhor. O mercado está muito sensível no mundo inteiro. Não é uma situação normal que o mundo está vivendo e essa é outra parte da história", avaliou.

Sobre a implementação do pacote de ajuste fiscal, o ministro reforçou que a prioridade é concluir o plano estabelecido pelo Ministério da Fazenda. "Se o plano traçado pelo Ministério da Fazenda for a termo, chegar ao final do jeito que nós planejamos, nós vamos chegar muito mais arrumada do que nós herdamos", destacou.

Haddad também negou que o governo esteja preparando novos pacotes de ajuste fiscal, afirmando que as medidas aprovadas já oferecem a flexibilidade necessária para adequar o orçamento.

Relação com o Banco Central

Ao falar sobre o novo presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, Haddad destacou a importância da autonomia da instituição. "Eu tenho a absoluta confiança de que ele sabe qual a missão do Banco Central", disse. Ele reforçou que o papel do BC continuará sendo técnico, com as decisões tomadas por um colegiado de nove membros.

Sobre a reforma do imposto de renda, o ministro admitiu que houve erros ao misturar a proposta com medidas de contenção de gastos. "Esse foi um dos problemas, o tempo de maturação das medidas talvez tenha sido excessivo, tenha criado expectativas", concluiu.

Perfil Brasil
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