Haddad diz que isenção do IR até R$ 5 mil terá impacto de R$ 27 bi à União
O governo estima que a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem recebe até R$ 5 mil mensais terá um impacto de R$ 27 bilhões nas contas públicas em 2026. O valor foi informado nesta segunda-feira (17) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após revisão dos cálculos da equipe econômica.
A estimativa inicial indicava um custo de R$ 32 bilhões, mas foi ajustada após novas projeções. Segundo Haddad, os números foram recalculados levando em conta o impacto fiscal da medida.
"Era R$ 32 bilhões. Acho que são R$ 27 bilhões agora", afirmou o ministro a jornalistas.
IMPOSTO DE RENDA | "Vamos anunciar no dia 18 que quem ganha até R$ 5 mil não pagará mais Imposto de Renda neste país. Queremos salvar o trabalhador de pagar IR, quando muita gente rica sonega", anunciou o presidente @LulaOficial em Sorocaba (SP) nesta sexta-feira (14/3). pic.twitter.com/3vTYQScNcT
— CanalGov (@canalgov) March 14, 2025
Haddad explica como será compensada a perda de arrecadação
Para equilibrar as contas, o governo pretende manter a proposta de um imposto mínimo para quem recebe acima de R$ 50 mil por mês (o equivalente a R$ 600 mil anuais). A medida já havia sido anunciada no ano passado como parte do pacote fiscal.
"[Está mantido] aquilo que foi anunciado, com alterações encomendadas pelo presidente Lula, que foi não mexer nos descontos e considerar o CNPJ também. Então foram duas alterações, foram pedidos, ficaram prontas já há duas, três semanas", explicou Haddad.
A proposta será apresentada nesta terça-feira (18) ao presidente da Câmara, Hugo Motta, e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre.
Reforma do Imposto de Renda
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) havia antecipado que o projeto de isenção do IR para rendas de até R$ 5 mil seria enviado ao Congresso nesta data. A medida é uma promessa de campanha e foi incluída no pacote fiscal apresentado no final de 2023.
Na manhã desta segunda-feira, Haddad se reuniu com Lula e com o secretário da Receita Federal, Robson Barreirinhas, para acertar os últimos detalhes do texto. O governo espera que a proposta seja aprovada ainda neste ano para que a nova faixa de isenção passe a valer a partir de janeiro de 2026.