Homem que planejou atentado a bomba disse à polícia ser bolsonarista, não petista
O homem preso após confessar planejar um atentado a bomba em Brasília, George Washington de Oliveira Sousa, disse em depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal ser apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), e não do PT, como afirmam postagens nas redes sociais. No depoimento, Sousa afirmou que pretendia, com o ataque, "provocar a intervenção das Forças Armadas e a decretação de estado de sítio" por parte de Bolsonaro.
Até esta segunda-feira (26), a publicação com a falsa alegação acumulava 119 mil visualizações e 11 mil curtidas no Instagram.
Esse é o petista que iria explodir o Aeroporto Internacional de Brasília.
Em depoimento à Polícia Civil, George Washington de Oliveira Sousa, que confessou ter planejado um atentado a bomba em Brasília, disse ser apoiador de Bolsonaro — e não um "petista infiltrado", como afirmam postagens nas redes sociais. No documento, divulgado pelo site Congresso em Foco, consta que Sousa afirmou aos policiais que apoiava Bolsonaro desde a sua eleição para presidente em 2018, "por acreditar que ele é um patriota e um homem honesto".
Sousa participava das manifestações que pedem um golpe militar para impedir que o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), assuma o cargo. O autor confesso da tentativa de atentado declarou à Polícia Civil que tinha armas e munições e que pretendia repassá-los a outras pessoas com registro de CAC (Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador) para que fossem usadas no golpe assim que as Forças Armadas autorizassem.
"A minha ida até Brasília tinha como propósito participar dos protestos que ocorriam em frente ao QG do Exército e aguardar o acionamento das Forças Armadas para pegar em armas e derrubar o comunismo", afirmou Sousa no depoimento, no qual também afirmou que adquiriu o armamento após ouvir o presidente. "O que me motivou a adquirir as armas foram as palavras do presidente Bolsonaro que sempre enfatizava a importância do armamento civil, dizendo o seguinte: 'Um povo armado jamais será escravizado'."
Sousa foi preso em flagrante após confessar que montou um equipamento explosivo em um caminhão-tanque de combustível próximo ao Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, na manhã do dia 24 de dezembro. Seu plano era motivar Bolsonaro a decretar "estado de sítio" no país, dispositivo previsto na Constituição que só pode ser ativado com autorização do Congresso Nacional, e que restringe garantias e direitos à população. Sousa está preso preventivamente no Complexo da Papuda, em Brasília, e não há informações de que ele tenha relação com o PT.
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