Homem que quebrou braço de idoso diz que se 'não agisse estaria morto'
'Ele me perseguiu e estava armado', afirma João Batista Dias, 52, sobre briga de trânsito que viralizou
O motorista João Batista Dias, 52, que quebrou o braço de um idoso de 63 anos em uma briga de trânsito em São Vicente, litoral de São Paulo, disse ter agido em legítima defesa. "Ele me perseguiu e estava armado", afirmou Dias em entrevista à TV Record, após duas horas de depoimento à Polícia Civil.
Dias conta que ao sair de casa se deparou com o idoso, que dirigia bem devagar, e, assim que teve a oportunidade, o ultrapassou. "Ele se sentiu ofendido e começou a me perseguir", relata. "Quando o trânsito parou, tive que parar o carro e ele parou também o dele, me ameaçando: 'Você quer morrer?', gritava ele mostrando o dedo para mim", acrescentou.
Em uma segunda parada, Dias alega ter percebido uma movimentação suspeita do idoso. "Ele abaixou para pegar algum objeto no assoalho do carro e não tive tempo de pensar a não ser me defender. Foi quando me aproximei do carro dele e tentei imobilizar o braço dele", conta o motorista, que disse ter perguntado: "O que você está fazendo? Coloca o braço para fora."
O caso, que ocorreu no dia 12 de abril, ganhou visibilizada após um vídeo da ação de Dias viralizar nas redes sociais. Nas imagens gravadas por uma passageira de um ônibus que presenciou a cena, o motorista aparece puxando o braço do idoso para fora do carro.
Segundo Dias, as imagens distorcem os fatos. "Recebi mais de 50 ameaças, porque as pessoas que viram aquele vídeo, viram só a parte que interessou a internet. Minha vida acabou", afirma o motorista. "Se eu não descesse do carro, eu estaria morto dentro do carro."