Homem que tentou assassinar Cristina Kirchner afirma: "Puxei o gatilho e não saiu; não me arrependo"
Fernando Sabag Montiel, que tentou assassinar Cristina Kirchner, quebrou o silêncio na prisão e garantiu que queria matar a vice-presidente "pela situação do país".
Fernando Sabag Montiel, o homem que tentou assassinar a vice-presidente Cristina Kirchner, garantiu na prisão que no dia do ataque que falhou, ele puxou o gatilho e a bala "não saiu". "Não me arrependo", afirmou Fernando.
"Puxei o gatilho e não saiu", disse o envolvido no caso do atentado ocorrido em 1º de setembro de 2022. Além disso, destacou que não se arrepende do que fez e que seu objetivo era tirar a vida de Kirchner.
"Eu queria matar Cristina Kirchner por causa da situação do país"
"Não me arrependo. Queria matá-la por causa da situação do país", disse Sabag Montiel, que também rejeitou a teoria da conspiração sobre o ataque e afirmou que agiu por conta própria.
"Eu fiz isso sozinho, entende? Eles inventaram uma história. Eu agi apenas em relação ao ataque. E eu tenho as evidências aqui, Brenda Uliarte não tem nada a ver com isso", disse Sabag Montiel em entrevista com a C5N que foi ao ar no programa Minuto Um.
O homem, que segue preso, falou sobre a arma que disparou sem conseguir que a bala saísse: "Estava carregada, puxei o gatilho e o tiro não saiu. A arma tinha cinco balas. Colocaram drogas dizendo que eu era drogado. Eles estão me marginalizando, inflando uma imagem de que eu não sou tudo o que eles dizem."
Nervosismo
"Imagina o nervosismo de estar em um lugar, de puxar o ferrolho, puxei o trinco para trás, e quando apertei o gatilho o tiro não saiu. Porque no meio de tanto tumulto, tanta gente, fiquei nervoso", ele disse.
Além disso, perguntaram se ele conhecia o promotor Diego Luciani, a quem enviou uma carta. "Eu o conhecia da TV antes. É óbvio que Luciani tinha raiva. Ele é quem tem as causas que tem problemas com Cristina."
Carta de Sabag Montiel ao promotor Luciani
Nas últimas horas, foi divulgada uma carta que o detento escreveu pelo atentado no bairro Recoleta, em 1º de setembro, em frente ao apartamento de Cristina Kirchner. Na carta, dirigida ao promotor Diego Luciani, Sabag Montiel assegurou que "eles o sequestraram".
"Eles me sequestraram, não posso sair por decisão da vice-presidente e juíza María Eugenia Capuchetti", diz um dos trechos do texto que o detido escreveu.
O magistrado do processo da agressão contra a vice-presidente pediu que o caso fosse levado a julgamento. Perante isto, o procurador do processo Carlos Rívolo opôs-se, uma vez que sustenta que há provas pendentes, e que a decisão seria precipitada.
A intenção de Capuchetti vai ao encontro da Câmara Federal, que considera pertinente que seja levantada o quanto antes devido às divergências entre o magistrado e o procurador.
Um dos testes que Rívolo destaca tem a ver com a análise do celular de Sabag Montiel.
ED/ff
*Texto publicado originalmente no site Perfil Argentina.