Homens são sentenciados por torturar, mutilar e assassinar vítima suspeita de estupro no RS
Réus são condenados em Ibirubá por homicídio brutal e tortura
Dois homens foram condenados pelo Tribunal do Júri da Comarca de Ibirubá por envolvimento em um crime de tortura seguido de homicídio contra César Renato Camargo Paixão. A vítima foi brutalmente agredida, tendo seus genitais cortados e seu pescoço ferido, e o corpo abandonado próximo a uma rodovia. O julgamento, ocorrido no início desta semana, foi conduzido pelo Juiz de Direito João Gilberto Engelmann, da Vara Judicial de Ibirubá.
Três acusados foram inicialmente denunciados por homicídio qualificado e tortura, mas um deles acabou sendo absolvido das acusações. Lindomar dos Santos Eberhardt recebeu a condenação mais severa, sendo sentenciado a 24 anos, 7 meses e 15 dias de prisão em regime fechado por homicídio qualificado e tortura. Jomar Pivoto, o segundo réu, teve sua participação desclassificada para tortura qualificada, resultando em uma pena de 15 anos e 8 meses de reclusão, também em regime fechado. As prisões preventivas dos condenados foram mantidas, e ainda cabe recurso contra a decisão judicial.
Crime motivado por vingança ocorreu em maio de 2022
O crime aconteceu em 8 de maio de 2022, motivado por um suposto caso de estupro. Segundo a acusação, Lindomar dos Santos Eberhardt agiu movido por vingança, acreditando que a vítima havia abusado sexualmente de sua namorada. No entanto, durante o julgamento, a mulher não confirmou as alegações de estupro em seu depoimento.
Os réus teriam abordado a vítima em um hotel onde ela estava hospedada e, após saírem juntos e consumirem bebidas alcoólicas, confrontaram Paixão. A vítima foi violentamente atacada com uma faca, tendo seus genitais mutilados antes de ter o pescoço cortado. Em seguida, o corpo foi colocado em um veículo e abandonado nas margens da rodovia VRS824, que faz a ligação entre Ibirubá e Quinze de Novembro.
O caso destacou a brutalidade do crime e a gravidade das acusações, resultando em sentenças significativas para os réus condenados. A decisão do júri reflete a aplicação de penas rigorosas em casos de violência extrema, buscando justiça para a vítima e responsabilização dos envolvidos.