Hospitais tem aumento nas hospitalizações por covid-19 entre idosos no RS
População idosa representa maioria dos casos graves e óbitos, com baixa cobertura da dose bivalente
O Rio Grande do Sul vem enfrentando um crescimento no número de hospitalizações por covid-19, especialmente entre a população idosa. Nas últimas dez semanas, dois terços das hospitalizações envolveram pessoas com 60 anos ou mais, que também representaram oito em cada dez mortes pela doença no período.
Este cenário destaca a necessidade crítica de vacinação, sobretudo para aqueles em maior risco de desenvolver formas graves da doença. Atualmente, apenas 38% dos idosos no estado receberam a dose bivalente da vacina, que é mais eficaz contra as variantes recentes do coronavírus. Isso significa que somente cerca de 839 mil idosos estão atualizados com essa vacina, de um total estimado de mais de 2,2 milhões.
De acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), entre as semanas 37 e 46 de 2022 (10/09 a 18/11), os idosos corresponderam a 66% das hospitalizações e 82% dos óbitos por covid-19.
A vacina bivalente da Pfizer está disponível para todos acima de 18 anos, desde que tenham passado pelo menos quatro meses desde a última dose. Adolescentes de 12 a 17 anos também podem ser vacinados se pertencerem a algum grupo prioritário.
Atualmente, não há previsão de nova dose para quem já recebeu a bivalente. A estratégia de vacinação para 2024 poderá ser seletiva, focando em grupos prioritários, semelhante à vacinação anual contra a gripe influenza, mas isso ainda depende de definição pelo Ministério da Saúde.
No tratamento da covid-19, o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o medicamento que combina Nirmatrelvir e Ritonavir, destinado a pacientes com quadros leves a moderados da doença. Indicado para pessoas com mais de 65 anos ou imunocomprometidos acima de 18 anos, o medicamento tem como objetivo reduzir o risco de internações e complicações. A decisão sobre seu uso cabe ao médico, baseada na avaliação clínica do paciente.
