Identificação dos corpos da queda de avião em Gramado segue sem conclusão após 10 dias
Dificuldades no reconhecimento dos restos mortais das 10 vítimas atrasam liberação; avião caiu em área movimentada em Gramado
Dez dias após a queda do avião Piper Cheyenne 400 em Gramado, na Serra Gaúcha, ainda não foi possível identificar os corpos das 10 vítimas, todas da mesma família. O processo de reconhecimento dos restos mortais está sendo dificultado pela fragmentação dos corpos e pela grande quantidade de amostras de material genético necessárias para as comparações.
O avião, pilotado pelo empresário Luiz Galeazzi, decolou de Canela em 22 de dezembro de 2024 em um dia de forte cerração. A aeronave, que seguia para Jundiaí (SP), caiu após colidir com prédios na Avenida das Hortênsias, uma área movimentada e com grande fluxo de veículos e pedestres. Além de Galeazzi, morreram sua esposa, três filhas, cunhados, sogra e duas crianças. O impacto fez com que o avião explodisse, e os corpos ficaram fragmentados. A aeronave e parte de uma pousada pegaram fogo.
A Polícia Civil informou que, devido à fragmentação dos corpos, a identificação está sendo realizada no Instituto-Geral de Perícias (IGP) em Porto Alegre. O material genético de parentes das vítimas foi coletado em São Paulo e está sendo comparado com os fragmentos encontrados. A confirmação de que havia 10 pessoas a bordo ainda não foi possível.
As duas funcionárias da pousada atingida pelo avião, de 51 e 56 anos, continuam hospitalizadas em Porto Alegre com queimaduras graves. O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) segue investigando as causas do acidente, mas ainda não há previsão para a conclusão da apuração.
A área do acidente foi isolada com tapumes, e a pousada atingida permanece fechada. O acidente não afetou as atividades turísticas em Gramado, e o movimento de turistas na cidade foi intenso durante as festas de fim de ano.