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Implante de anel na Córnea ajuda a tratar uma doença nos olhos comum em adolescentes

O Ceratocone atinge uma em cada vinte mil pessoas e o diagnóstico precoce pode impedir o transplante

26 ago 2016 - 10h29
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O desenvolvimento das tecnologias para o tratamento do Ceratocone está fazendo com que o transplante de córnea passe a ser o último recurso dos médicos para combater a doença. As técnicas adotadas pelos especialistas vêm conseguindo resultados que ajudam a reduzir o número de transplantes de córnea. Uma das técnicas indicadas é o implante de um anel na córnea.

"Através do implante de anel intracorneano, também chamado Anel de Ferrara, é possível corrigir a curvatura com um fortalecimento da córnea, restaurando o seu formato arredondado. A técnica consiste na implantação de dois segmentos de arco de acrílico especial na córnea, melhorando o conforto e a visão do paciente", explica o Dr. Renato Neves, Presidente da Sociedade Brasileira de Ceratocone e um dos maiores especialistas brasileiros no tratamento da doença, com pós-doutorado em Imunologia, Córnea e Catarata na Harvard Medical School - Massachusetts Eye and Ear Infirmary e no MIT - Massachusetts Institute of Technology.

Outra técnica para tratar o Ceratocone é o Crosslink que se vale da aplicação de um colírio para estimular novas ligações entre as moléculas de colágeno, aumentando a resistência estrutural da córnea.

"É feito um tratamento cirúrgico no crosslink, que tem como objetivo endurecer a córnea para melhorar a estabilidade. Aplicamos um colírio a base de vitamina B6 (Riboflavina), ativada através de um feixe especial de luz ultravioleta para a maior união das fibras de colágeno, estabilizando assim a evolução do ceratocone", explica o Dr. Renato.

Quem tem Ceratocone sofre uma acentuada baixa na acuidade visual e é obrigado a trocar as lentes dos óculos com frequência. Os sintomas característicos do Ceratocone são o desconforto visual, dor de cabeça e fotofobia.

A doença gera uma progressão da Miopia e do Astigmatismo. É caracterizada pelo afinamento e curvatura da córnea que vai perdendo o formato arredondado e adquirindo um formato de cone. Costuma ocorrer na adolescência e progride até por volta dos 30 anos.

O Dr. Renato Neves alerta as pessoas para a necessidade de um diagnóstico precoce do Ceratocone, para que seja possível atingir os resultados esperados.

"O ceratocone tem 4 graus evolutivos e dependendo da severidade da doença o paciente pode perder a visão, resultando na necessidade de um transplante de córnea. Mas com os tratamentos atuais é possível diagnosticar o problema com uma topografia corneana e interromper o progresso do ceratocone com um diagnóstico precoce, ajudando no tratamento", conclui.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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