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Inclusão escolar é importante, mas ainda enfrenta desafios

Mais do que integrar, especialista aponta que é preciso criar um ambiente acolhedor e igualitário, que permita a todos aprender e se desenvolver em convivência com a diversidade.

26 nov 2024 - 09h44
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Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), divulgados em 2019, apontam que, no Brasil, há milhares de crianças e adolescentes que possuem algum tipo de deficiência, e esse número se reflete diretamente no sistema de educação que precisa criar processos que abracem as particularidades de cada aluno.

Foto: Banco de imagens Freepik / DINO

No entanto, garantir essa inclusão plena envolve mais do que simplesmente inserir alunos com necessidades específicas em salas de aula regulares: trata-se de construir uma experiência de aprendizagem que elimine barreiras e respeite a individualidade de cada aluno.

A professora Thainara Hoehne, com formação em pedagogia e especializada em Educação Especial e Inclusiva, que já atuou no corpo docente de escolas brasileiras a fim de compartilhar sua experiência e visão sobre a importância de uma educação e hoje trabalha no cuidado com crianças americanas, comenta sobre como esse ainda é um tema sensível e de como ainda é difícil fazer valer uma integração que promova a inclusão efetiva.

"Promover uma educação de qualidade significa incluir todos os alunos de forma igualitária, respeitando suas diferenças sem segregação e sem limitações", destaca. Para Thainara, o foco deve estar em práticas que garantam o aprendizado significativo e a valorização de cada aluno, independentemente de suas características ou habilidades.

Segundo a profissional, a inclusão no ambiente escolar implica adaptação pedagógica, modificações estruturais e, principalmente, uma postura acolhedora por parte de toda a equipe educacional. "A inclusão só acontece de fato quando se cria um ambiente que acolhe as especificidades de cada aluno, promovendo o acesso e a permanência de estudantes com diferentes necessidades. Outro grande desafio é garantir o acesso, a permanência e a aprendizagem de alunos com necessidades sensoriais, cognitivas, físicas e psíquicas, para que eles possam realmente aprender e se desenvolver", explica.

O processo, pela visão da Thainara, envolve, muitas vezes, recompensar práticas pedagógicas e metodologias adaptadas para atender a todos. O papel do educador é, portanto, central para garantir que a educação seja um direito acessível e significativo. "A inclusão exige disposição para seguir o processo com determinação e a valorização da individualidade de cada aluno", acrescenta.

Ainda, de acordo com a profissional, além de proporcionar o acesso físico à escola, a inclusão escolar busca criar um ambiente de convivência saudável e enriquecedor, onde todos os alunos possam interagir e crescer juntos, aprendendo a respeitar e valorizar a diversidade. "Esse ambiente não apenas contribui para o desenvolvimento acadêmico, mas também para o desenvolvimento social e emocional de cada aluno, que passa a compreender e respeitar diferentes perspectivas e experiências de vida. Todas essas abordagens ajudam a construir um ambiente de convivência e aprendizagem que, em última instância, prepara os alunos para uma sociedade que valoriza e respeita a diversidade", conclui.

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