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Índice de confiança de pequenos negócios atinge melhor pontuação desde 2013

O aumento da confiança de micro e pequenos empresários foi influenciada pela expectativa da melhoria do comércio no curto prazo. Quem quiser aproveitar o aquecimento das vendas nos próximos meses, terá que investir em um bom planejamento estratégico e financeiro do negócio, aconselha especialista

14 set 2022 - 19h00
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No mês de agosto, micro e pequenos empresários voltaram a demonstrar maior confiança na melhora da economia, segundo a Sondagem Econômica MPE, realizada pelo Sebrae em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O Índice de Confiança de Micro e Pequenas Empresas (IC-MPE) registrou, no mês passado, aumento de 2,7 dígitos e atingiu 100,6 pontos, considerada a melhor pontuação já registrada desde 2013.

Foto: DINO / DINO

De acordo com os pesquisadores, o aumento da pontuação foi impulsionado pela melhora nas expectativas do Comércio nos próximos meses de 2022. O índice é o resultado da junção de mais dois setores: Serviços e Indústria da Transformação. Apenas o índice de Comércio teve aumento de 5,4 pontos, enquanto Serviços alcançou 0,5 ponto no mês e a Indústria caiu 1,4 ponto. É a segunda queda consecutiva neste setor.

Apesar da melhor pontuação, a Sondagem indica que a situação dos negócios no setor do Comércio variou apenas 0,1% em agosto, indicando que a economia no país inspira cuidados. E uma das atenções que empresários de negócios de todos os portes - especialmente os micro e pequenos - é na elaboração de um planejamento estratégico e financeiro que consiga dar conta do momento ainda de instabilidade pela qual passa a economia nacional.

De acordo com o especialista em Finanças e Planejamento Estratégico, Marcone Morais, o sucesso financeiro de uma empresa está intimamente ligado ao que foi definido no planejamento do negócio. "O sucesso financeiro está vinculado às vendas do produto ou serviço que se disponibiliza a entregar. Mas, vender muito não significa necessariamente resultado positivo ao final do período, por isso precisamos de um bom planejamento estratégico e financeiro", reforça.

Segundo ele, o planejamento precisa prever estudos consistentes sobre expansão de receitas e do faturamento em uma linha de produtos ou serviços, análise do período de sazonalidade, se existir, nicho de mercado que se quer atingir, conhecimento da concorrência e do público-alvo. "Entre outras, entendo que estas são as principais informações que uma empresa precisa ter para garantir o seu sucesso", diz ele.

Redução de custos nem sempre garante maior lucratividade

Marcone Morais acrescenta que um dos erros que muitos negócios cometem na busca por melhor lucratividade é reduzir custos de produção, sem uma análise detalhada das implicações disso para o negócio. "Reduzir custos de produção não tem a ver, necessariamente, somente com comprar matéria prima mais barata, como muitas empresas buscam. Entre outras formas para otimizar os custos de produção, podemos reduzir os desperdícios, buscar uma melhoria de mão de obra, melhoria de processos de execução, redução de manutenção de equipamentos, entre outros", aconselha.

O especialista explica que a redução de custo feita sem planejamento, como a escolha por matéria-prima mais barata ou de menor qualidade, pode resultar em perdas diante da concorrência. "Hoje a concorrência é muito grande, a quantidade de produtos ou serviços ofertados é enorme, e devemos buscar ganhar sempre mais na produção, uma vez que, no preço de venda final no mercado, as margens estão cada vez menores, portanto o sucesso pode estar aí, no melhor custo de produção", afirma.

Redução das despesas fixas também pode ajudar nos resultados positivos do negócio

Outro fator que pode influenciar no melhor faturamento para as empresas, e que pode estar descrito no planejamento estratégico e financeiro do negócio, é a busca pela redução das despesas físicas. De acordo com Marcone Morais, uma redução planejada das contas que a empresa precisa pagar todo mês pode ser a diferença entre passar bem por meses com menos faturamento ou acabar tendo que fechar o negócio por desafios econômicos como o gerado pela pandemia da Covid-19. "Como esse tipo de despesa ocorre independente do volume de vendas, tem que ser alvo importante para uma boa gestão de custos do negócio como um todo", aconselha.

O especialista também aconselha a adoção da estratégia de uso de dados do chamado 3Ps: pessoas, processos e produtos. "De forma bastante simples, o objetivo do método dos 3Ps é conhecer as prioridades do negócio por meio do alinhamento entre esses três pontos, sabendo estrategicamente buscar estas informações e adequá-las dentro da empresa, pois com uma gestão financeira equilibrada e um bom planejamento estratégico, a chance de sucesso cresce exponencialmente", conclui ele, que tem 12 anos de experiência na área de Administração de Empresas.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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