TRAFICANTES RIVAIS
Em junho de 2008, um grupo de 11 militares teria entregue Marcos Paulo da Silva, 17 anos, Wellington Gonzaga Costa, 19 anos, e David Wilson Florêncio da Silva, 24 anos, que moravam no morro da Providência, a traficantes de uma facção rival, no morro da Mineira, no Rio de Janeiro. A motivação seria um desacato cometido pelas vítimas ao serem abordadas quando voltavam de um baile funk. O trio foi torturado e morto com 46 tiros. Segundo testemunhas, além de entregarem os homens dizendo ser "um presentinho da Provi(dência)", os soldados do Exército dançaram funk em "homenagem" à facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) após o crime
Os 11 suspeitos foram presos e denunciados por homicídio triplamente qualificado. O tenente Vinícius Ghidetti de Moraes Andrade e o sargento Leandro Maia Bueno aguardavam presos para ir a júri popular. Em agosto de 2011, porém, a justiça decidiu que eles podiam esperar o julgamento em liberdade. Na época do crime, os militares ocupavam o morro para participar de um projeto social destinado à reforma de casas populares. A Justiça Federal chegou a determinar a retirada dos militares, mas o governo recorreu e manteve as tropas nas ruas. Pouco depois, as obras foram paralisadas pela Justiça Eleitoral e o Exército deixou o morro.