O goleiro Bruno Souza, então atleta do Flamengo, foi preso no início de julho de 2010 suspeito de envolvimento no desaparecimento de Eliza Samudio, uma ex-amante que pedia na Justiça o reconhecimento de paternidade do filho que alegava ser do jogador. Em 2009, a paranaense já havia procurado a polícia para dizer que estava grávida e que Bruno a havia agredido para que ela tomasse substâncias abortivas. A Justiça, porém, negou proteção a Eliza. A jovem de 25 anos sumiu em 4 de junho. Pouco depois, a polícia recebeu denúncias anônimas que levaram ao paradeiro do bebê, então com 4 meses, e às primeiras pistas de que Eliza teria sido levada para uma propriedade de Bruno, em Minas Gerais, e morta com crueldade.
Segundo o inquérito policial, que indiciou Bruno e mais oito pessoas por até seis crimes, Eliza foi levada à força do Rio de Janeiro para Minas Gerais, mantida em cativeiro, executada e esquartejada a mando de Bruno, num plano que teria sido traçado meses antes. O ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, é apontado como o homem que matou Eliza enforcada, cortou o corpo e jogou partes aos cães. No entanto, os restos mortais da jovem não foram encontrados. Além de Bruno e Bola, respondem na Justiça a atual mulher do atleta, seu melhor amigo, uma amante e um primo do jogador. Outro primo de Bruno, menor de idade, foi condenado em 9 de agosto pela Vara da Infância e Juventude de Contagem (MG) a cumprir medida socioeducativa de internação por prazo indeterminado por participar do crime. Todos negam envolvimento na morte de Eliza.