Os tubarões têm uma capacidade sensorial acima do comum, olfato privilegiado e pouca sensibilidade à dor. Naturalmente equipados para a caça, são essencialmente carnívoros, mas não têm predileção pelo homem. Eles agem quase sempre por instinto e, portanto, não conseguem diferenciar um humano de outra presa. Por isso, é necessário que o banhista ou surfista entenda o tubarão antes de entrar no mar e evite a exposição ao perigo, pois o animal está na sua casa e é necessário que permaneça nela para o equilíbrio do ecossistema. Para se ter uma ideia do poder de caça do tubarão, ele pode sentir um peixe se debatendo a até 600 m ou ser atraído por um gota de sangue a 300 m de distância. Diferentes da maioria dos peixes pela sua anatomia cartilaginosa, muitos tubarões têm que estar sempre nadando para poder respirar e não se afogar, pois é através da entrada de água pela boca que ocorrem as trocas de gases. Isso faz com que eles gastem muita energia e precisem estar em constante movimento, procurando alimentos. O melhor é evitar a sua rota.
“No período de maio até o final de setembro, aumenta o volume de descarga do rio Jaboatão – que desemboca nas praias da região metropolitana do Recife -, tornando as águas mais turvas e aumentando, consequentemente, os riscos de ataques de tubarão. Os banhistas devem ter cuidados redobrados nesse período, evitando tomar banho em áreas de mar aberto, desprotegidas de arrecifes; nos períodos de maré alta, particularmente nas fases de lua nova e cheia, e no início da manhã e final da tarde, quando a amplitude das marés é maior. Recomenda-se, também, que evitem locais de maior profundidade, não devendo ultrapassar o nível da cintura nem tomar banho de mar com algum ferimento, joias, objetos brilhantes e se houver ingerido bebida alcoólica”, alerta Fábio Hazin.