Este início de século XXI vem assistindo à emergência de líderes terroristas ligados ao fundamentalismo islâmico, como Osama bin Laden, morto em 2011 numa operação americana no Paquistão. Algumas lideranças ganham em importância à medida que a insurgência persiste, como Doku Umarov, na Chechênia, enquanto outras representam mais o fim de lutas, como o caso de Iñaki de Juana Chaos, do ETA, atualmente preso na Espanha.
Fundador e líder espiritual do Hamas, Ahmed Yassin ganhou popularidade entre os palestinos por construir hospitais, escolas, bibliotecas e outros serviços públicos na Faixa de Gaza. Pelo mundo ocidental, no entanto, era visto como um terrorista, após ter assumido a responsabilidade de inúmeros atentados que mataram civis israelenses.
Yassin era tetraplégico e enxergava pouco. Usava uma cadeira de rodas para se locomover desde que sofreu um acidente enquanto praticava luta, quando tinha 12 anos. Pela dificuldade de locomoção, foi educado em casa e se especializou em temas como política, religião, sociologia e economia. Era considerado pelos palestinos um dos maiores oradores em Gaza, sempre ouvido por multidões em seus discursos.
Contrário ao processo de paz com Israel, o fundador do Hamas defendia a luta armada. Para Yassin, a Palestina era uma terra islâmica “destinada aos muçulmanos até o dia do julgamento final” e que nenhum líder árabe tinha o direito de abrir mão de qualquer parte deste território. Para ele, Israel “deveria sumir do mapa”.
Ahmed Yassin foi morto aos 67 anos em um assassinato conduzido por helicópteros militares de Israel, em 2004. Seu funeral foi acompanhado por 200 mil palestinos.