Este início de século XXI vem assistindo à emergência de líderes terroristas ligados ao fundamentalismo islâmico, como Osama bin Laden, morto em 2011 numa operação americana no Paquistão. Algumas lideranças ganham em importância à medida que a insurgência persiste, como Doku Umarov, na Chechênia, enquanto outras representam mais o fim de lutas, como o caso de Iñaki de Juana Chaos, do ETA, atualmente preso na Espanha.
Doku Umarov Hamatovich é um dos principais terroristas ligado ao separatismo checheno. Militante e combatente desde o início da era pós-soviétca, ganhou proeminência após a morte do líder Shamil Basayev, sendo atualmente considerado o líder da insurgência islâmica do Norte do Cáucaso e emir do proclamado Emirado do Cáucaso.
Nascido em 1964, no sul da Chechênia, Doku Umarov graduou-se no Instituto do Petróleo de Grozny. Participou das duas Guerras da Chechênia (1994-96 e 1999-2000), e, durante estes conflitos – nos quais se feriu muitas vezes e foi inclusive forçado a realizar cirurgias plásticas – passou de combatente a comandante de operações.
Inicialmente, Umarov repudiava o terrorismo, colocando-se entre os militantes separatistas moderados (ele teria inclusive condenando o atentado na escola de Beslan, em 2006). Em 2007, porém, distanciou-se da ideologia de independência da Chechênia e proclamou-se o líder de um futuro Estado islâmico no Norte do Cáucaso, momento em que também passou a defender e organizar atos terroristas.
Umarov argumenta que não pode ser acusado de praticar terrorismo, uma vez que o governo russo também não foi culpado pelo extermínio de chechenos. Após o ataque ao metrô de Moscou, pelo qual também se responsabilizou, Umarov qualificou o atentado como "um legítimo ato de vingança pelo contínuo assassinato de civis no Cáucaso”. O atentado mais recente reivindicou por Umarov foi a explosão no aeroporto Domodedovo, em Moscou.