Este início de século XXI vem assistindo à emergência de líderes terroristas ligados ao fundamentalismo islâmico, como Osama bin Laden, morto em 2011 numa operação americana no Paquistão. Algumas lideranças ganham em importância à medida que a insurgência persiste, como Doku Umarov, na Chechênia, enquanto outras representam mais o fim de lutas, como o caso de Iñaki de Juana Chaos, do ETA, atualmente preso na Espanha.
Membro da proeminente e milionária família Bin Laden, Osama bin Mohammed bin Awad bin Laden, nascido a 10 de março de 1957 em Yeda, na Arábia Saudita, foi o fundador e líder da organização terrorista Al-Qaeda, apontada como a responsável pelos ataques de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos.
Durante a juventude, ele realizou trabalhos beneficentes e escreveu poesias. Depois veio a participar do levante islâmico contra os soviéticos, em 1980, no Afeganistão, organizando e financiando milícias armadas. Neste período, ele teria recebido ajuda de organismos de inteligência americanos, interessados em patrocinar os guerrilheiros no combate contra os soviéticos.
Sua organização, a Al-Qaeda (em árabe, "a base"), foi fundada em 1988, um ano antes da retirada soviética do Afeganistão. Em 1989, voltou à Arábia Saudita. Após o estouro da guerra do Golfo em 1991, ele criticou a família real por ter autorizado o desdobramento de soldados americanos em território saudita, o que o fez ser declarado persona non grata no país.
Bin Laden instalou-se então no Sudão, onde os serviços americanos de inteligência o acusaram de financiar campos de treinamento de terroristas. Sua presença gerou pressão internacional sobre o governo sudanês, que o expulsou. Bin Laden para o Afeganistão, onde fez funcionar uma dezena de campos de treinamento e lançou apelos contra os Estados Unidos, figurando até sua morte em 2011, no Paquistão, como o principal ícone do terrorismo contemporâneo.