O candidato:
Ao longo da ditadura, Maluf havia sido prefeito e governador de São Paulo, e vinha de tentativas frustradas de se eleger presidente (primeiro via Colégio Eleitoral, depois em 1989, quando ficou em quinto lugar) e prefeito (perdeu para Luiza Erundina em 1988) quando lançou campanha para voltar ao governo paulista em 1990. Também lhe antecediam o apoio a Collor contra Lula e a frase “se está com vontade sexual, estupra, mas não mata”. Apesar disso, venceu o primeiro turno na corrida pelo governo de São Paulo, sendo derrotado na rodada seguinte por Fleury Pinto, que era apoiado por Orestes Quércia.
Foto: José Cruz / Agência Brasil
Letra:
Sou operário, empresário, eu sou lavrador
Na capital ou pelos campos do interior
Sou retirante, imigrante, sou a multidão
Eu sou São Paulo e pra São Paulo dei meu coração
Eu sou colheita, sou fartura para quem plantar
Eu sou concreto, sou progresso, não posso parar
Eu sou indústria, sou estrada, eu sou construção
Em cada obra tem um pouco do meu coração
São Paulo é Paulo porque Paulo é trabalhador
São Paulo é Paulo, é Maluf, sim, senhor
São Paulo é Paulo porque Paulo é trabalhador
São Paulo é Paulo, é Maluf, sim, senhor
Sou essa força dia e noite, eu não canso não
Essa nação eu agiganto com as minhas mãos
Sou essa gente que trabalha e vive a mais de mil
Eu sou São Paulo, coração deste Brasil