Marco Polo Levorin, um dos advogados do casal Alexandre Nardoni e Anna Carolina Peixoto Trotta Jatobá, afirmou que entraria com pedido de habeas-corpus porque considera que não havia "motivo claro ou prova concreta para prisão temporária". "Os fatos apurados não legitimam a prisão. Se há fatos díspares nos autos, não tem motivo para decretar prisão".
Segundo o advogado havia 30 pontos a serem discutidos para chegar a uma conclusão. "Tem várias coisas a serem investigadas. Temos de lembrar que o crime não completou uma semana.
Além dos vestígios de sangue no Ford KA de Alexandre Nardoni, a perícia no prédio onde o pai e a madrasta de Isabella moram descobriu também manchas no apartamento da irmã dele, que está vazio e fica no mesmo edifício. Lá, teriam sido encontradas roupas que Alexandre teria usado no sábado em que a menina morreu.
Os peritos ficaram cerca de uma hora e meia analisando o veículo e também fizeram uma varredura no apartamento do casal em busca de manchas, fios de cabelo e até pedaços de unhas que possam ajudar a esclarecer o crime. As novas descobertas foram possíveis graças ao produto químico luminol, que permite que vestígios sejam detectados mesmo que o local tenha sido lavado.
Cerca de mil familiares e amigos de Isabella lotaram a igreja Nossa Senhora da Candelária, na Vila Maria, zona norte da capital paulista, para a missa de 7o dia em homenagem à menina. Os parentes da criança usavam uma camiseta com sua foto e a inscrição: "Isabella, para sempre nossa estrelinha". A missa foi organizada pelos pais dos colegas da menina.
A mãe de Isabella, Ana Carolina Oliveira (foto), se mostrou tranqüila durante a cerimônia. Uma familiar disse que Ana Carolina não estava acompanhando as notícias sobre o caso.