Uma pessoa que mora próxima ao edifício London, onde Isabella Nardoni foi encontrada ferida, disse que ouviu uma criança "berrando" e um adulto gritando simultaneamente na noite da morte da menina. Segundo ele, os gritos duraram cerca de 30 segundos. O inquérito policial sobre a morte da menina mostra que vizinhos relataram ter ouvido gritos de uma criança e uma briga entre o casal antes do crime ocorrido no dia 29 de março.

Ana Ferrari, que mora no prédio em frente ao apartamento onde residem o pai e a madrasta de Isabella disse que a briga que ouviu de vizinhos na noite da morte não era uma "típica briga de casal". "Era uma briga de desespero", afirmou.

Perícia

Peritos do Instituto de Criminalística (IC) teriam concluído que a pessoa que asfixiou Isabella a segurou com os braços esticados antes de soltá-la. Segundo a perícia, a menina estaria desacordada e teria sido jogada de cabeça para cima, do 6o andar do edifício. A perícia teria encontrado na parte externa do edifício, logo abaixo do parapeito da janela, marcas feitas pelas mãos da criança.

O diretor do núcleo de física do Instituto de Criminalística, Adilson Pereira, disse que "a perícia esclarece a dinâmica, o que houve no apartamento, mas pode não indicar quem praticou o crime".