Passaram-se 13 anos desde a primeira vez em que Lula se candidatou à Presidência da República, em 1989, até a eleição, em 2002. Na primeira eleição direta após o fim da ditadura militar, ele foi derrotado no segundo turno por Fernando Collor.
Em 1994, Lula voltou a se candidatar novamente e perdeu, ainda no primeiro turno, para o candidato do PSDB Fernando Henrique Cardoso. Durante o mandato de FHC, o ex-sindicalista participava de manifestações contra o governo e as relações com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Quatro anos mais tarde, voltaria a ser derrotado, também no primeiro turno, por FHC. Essa eleição marcou a união de antigos rivais: Leonel Brizola, que fora candidato a presidente em 89, era o vice na chapa de Lula.
Com a terceira derrota, Lula continuou executando papel de destaque na oposição, com fortes críticas à política de privatizações do governo FHC. No entanto, ao candidatar-se pela quarta vez, o ex-sindicalista baixou o tom.
Na campanha de 2002, contra o tucano José Serra, passou por uma transformação de imagem e adotou discurso mais diplomático. Aproveitando as baixas no governo de Fernando Henrique, causadas pelo apagão de 2001, pelo pouco crescimento econômico e pelas crises internacionais, Lula conquistou a confiança de parte da classe média e do empresariado. Tendo como vice o empresário mineiro José Alencar (PL), foi eleito no dia 27 de outubro, em segundo turno.
Candidato à reeleição quatro anos depois, já gozando de alta popularidade e colhendo os frutos dos programas sociais e da política econômica equilibrada, venceu o candidato do PSDB Geraldo Alckimin no primeiro turno com mais de 60% dos votos válidos.