Câncer

No dia 28 de outubro do ano passado, uma sexta-feira, o ex-presidente Lula fez exames no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, após se queixar de rouquidão e descobriu que tinha um tumor na laringe. Dois dias depois, iniciava o tratamento quimioterápico e recebia manifestações de solidariedade de todo o Brasil. A presidente Dilma Rousseff foi uma das primeiras pessoas a visitar Lula no hospital.

Dias depois, em 16 de novembro, a ex-primeira-dama Marisa Letícia raspou a barba e o cabelo de Lula, antecipando a queda causada pela quimioterapia. A foto de Lula sem uma de suas marcas registrada e apenas de bigode foi destaque nos principais jornais do Brasil e do exterior.

À medida que avançava no tratamento, Lula seguia recebendo manifestações de apoio de cantores, jogadores de futebol, atores e políticos, inclusive de opositores, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Em dezembro, o tumor estava reduzindo e Lula não precisaria ser submetido a uma cirurgia. Já em janeiro de 2012, o ex-presidente iniciou outra fase do tratamento: a radioterapia. Os médicos divulgaram, no final de março, um boletim informando que o câncer na laringe havia desaparecido. Lula foi liberado para “fazer o que quiser” e apenas recebeu orientações para poupar a voz. Ao saber que o tumor não existia mais, o ex-presidente gravou um vídeo no qual anunciou sua volta à vida política: “Vou voltar à política porque o Brasil precisa continuar crescendo, se desenvolvendo, gerando emprego, distribuição de renda, melhorando a vida de milhões e milhões de brasileiros.”