Luis Carlos Mendonça Barros foi nomeado ministro das Comunicações por Fernando Henrique Cardoso em 1998, após a morte do antecessor Sérgio Motta, em meio ao processo de privatização da telefonia, cercado de polêmicas, e escândalos de compra de voto para que parlamentares votassem na medida que autorizava a reeleição de FHC. A gestão de Mendonça ganhou notoriedade depois de grampos flagrarem conversas dele com o então presidente do BNDES, André Lara Resende, para articular apoios para beneficiar o consórcio do banco Opportunity - que tinha como um dos donos o economista Pérsio Arida, amigo dos dois -, durante o processo de concessão da Telebras à iniciativa privada.
As suspeitas de favorecimentos de empresas nos leilões de privatização da telefonia levaram Mendonça ao banco dos réus em uma ação de improbidade administrativa. Após as denúncias, ele deixou o Ministério das Comunicações, mas seguiu no governo ao compor a equipe econômica de FHC durante os oito anos de gestão tucana. Em 2009, Mendonça foi absolvido das acusações do escândalo dos grampos pela Justiça Federal do Distrito Federal.