Superada a quantidade de assinaturas e garantida a veracidade de cada uma delas pelo escrivão eleitoral - situação em que está, por exemplo, o prefeito de São Paulo e idealizador do PSD, Gilberto Kassab -, os futuros partidos, se passam a ter direito a uma parcela dos mais de R$ 300 milhões do atual fundo partidário, têm de enfrentar a disputa por espaço, angariar candidatos e, via de regra, se livrar da pecha de 'legendas de aluguel'.
Para os médios e grandes partidos com chances reais de conquista de vagas representativas no Executivo ou no Legislativo, o assédio às legendas nanicas para a formação de coligações busca angariar alguns segundos a mais em propagandas eleitorais na televisão, consideradas as verdadeiras catalisadoras de votos para os políticos.
Mas se a proliferação de partidos inexpressivos é criticada por aqueles que veem as legendas apenas como mecanismos para que os grandes consigam 14, 20, 22 segundos a mais em cada propaganda eleitoral em uma corrida presidencial, por exemplo, a Justiça já garantiu o que classificou como 'direito das minorias'.