Assim como em outros segmentos, o setor de transportes em Cuba sofre com o embargo comercial imposto pelos Estados Unidos desde a revolução socialista e a crise econômica do país com o fim dos subsídios da antiga União Soviética. Apesar de os congestionamentos serem quase inexistentes, o sistema de transporte público é precário. Os trabalhadores normalmente esperam horas para embarcar em um ônibus, o que provoca atrasos e queixas sobre as condições dos veículos, quase sempre superlotados. A frota é antiga e vem diminuindo desde a década de 80, enquanto a população cresce.
O transporte ocorre principalmente através dos Ônibus Metropolitanos (OM) e a MetroBus, que tem veículos conhecidos pela população como "camelos", parte deles trailers puxados por caminhões de forma precária. O serviço conta com um sistema de solidariedade obrigatória supervisionado por 400 fiscais, que detêm ônibus para garantir o embarque de todos trabalhadores. A partir de novos acordos de comércio com a China e Venezuela, Cuba pretende a longo prazo retirar os veículos velhos de circulação, especialmente com a compra de ônibus chineses.
Veículos produzidos nos anos 50 e 60 são a principal marca do trânsito cubano, que apesar de demonstrar o atraso tecnológico tem um charme determinante para atrair milhões de turistas a cada ano. Para os estrangeiros, também são disponibilizados ônibus turísticos modernos, alguns com visão panorâmica. Nas ruas e avenidas de Havana, ainda há charretes puxadas por cavalos, e os "bicitáxis", bicicleta com um banco coberto para passageiros. O deslocamento pelo interior do país também pode ocorrer em antigos trens.