São Paulo figura com destaque na lista das metrópoles com os piores trânsitos do mundo. A cada dia, milhões de motoristas paulistas enfrentam até quatro horas de engarrafamento, que frequentemente supera 160 km de trechos com lentidão. Em junho de 2009, na véspera de um feriado, a cidade registrou o maior congestionamento da história, com 293 km de extensão.
Investimentos em novas linhas de ônibus, metrô e a adoção do sistema de rodízio de veículos surtem pouco efeito diante do avassalador crescimento da frota de veículos. Hoje, estatísticas indicam que o número de carros novos vendidos diariamente é maior do que a quantidade de nascimento de bebês em 24 horas. Há um automóvel para cada dois habitantes e o número de ruas e avenidas é claramente insuficiente.
Conforme estatísticas da própria Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo, o aumento da frota é quase cinco vezes superior a média de crescimento da infra-estrutra. A ausência de anéis viários e um rodoanel completo para evitar o deslocamento de caminhões com mercadorias pela cidade é uma das principais críticas de especialistas. O caos no trânsito provoca prejuízos anuais para a economia de mais de US$ 2,3 bilhões.