Quando o assunto é o trânsito, Teerã, a capital e principal metrópole do Irã, com 15 milhões de habitantes, parece mesmo só ter uma regra: não há regras. Apesar de policiais de trânsito espalhados por toda a parte, o trânsito de Teerã é no mínimo surreal – milhares de motos e alucinantes mototáxis andando em todas as direções e nas calçadas, carros fazendo conversões em qualquer local, nenhuma atenção a questões como preferencial, pisca-alerta e parada permitida.
A tudo isso, soma-se uma gigantesca frota de carros antigos, que contribuem ainda mais para deteriorar o já poluído ar da cidade, táxis formais e informais por todos os cantos da cidade, além de um sistema de transporte público que ainda não é capaz de atender a crescente população de Teerã, apesar do pesado investimento na construção de metrôs e trens dos últimos anos. O resultado prático de tudo isso: congestionamentos monstruosos, nos quais facilmente perde-se mais de uma hora para se realizar um percurso de 10 km, muita poluição e um caos tão grande nas ruas, que torna a tarefa de dirigir pela cidade um ato de coragem, que exige extrema destreza.