Em tempos de Campus Party Brasil 2011, os assuntos mais comentados pelos internautas brasileiros no Twitter não podiam ser outros além daqueles que marcaram a semana dos mais de 6,8 mil campuseiros que até domingo participam do maior evento de tecnologia, entretenimento e cultura digital do planeta.
A hashtag oficial da quarta edição da Campus Party Brasil foi o termo mais citado entre os tweets do pavilhão Arena, do Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. O pico foi registrado às 18h da terça-feira, dia em que iniciaram, oficialmente, as atividades do evento. Os conteúdos dos tweets não podiam ser mais variados. Desde comentários sobre palestras, promoções pedindo retweet, até piadas sobre nerds e gente lamentando não estar no evento, só acompanhando pelos tweets.
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Prova de que o Twitter é mesmo um lugar onde quem manda é o público foi a hashtag #campusparty que, apesar de não ter sido divulgada como oficial pela organização do evento, não figurou muito atrás de #cpbr4. O termo apareceu nos Trending Topics Brasil na quarta-feira e ficou ainda mais forte na quinta-feira, com pico perto das 18h.
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A segunda hashtag oficial estava impressa ao lado de #cpbr4 nos painéis de todas as áreas de palestras da Arena, mas não convenceu tanto quanto o esperado. Como hashtag secundária que se preze, #cpbrasil dificilmente aparece em algum tweet sem #cpbr4 antes.
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A participação do ex-vice-presidente dos EUA ao lado de Tim Berners-Lee foi um dos pontos altos da programação da Campus Party. Al Gore falou de meio ambiente, de educação para inclusão digital e, sobretudo, liberdade de acesso à internet. O autor do documentário "Uma Verdade Inconveniente" foi muito aplaudido na arena, mas, no Twitter, os tuiteiros não o pouparam de críticas - especialmente aqueles que acompanham o evento por streaming, longe do pavilhão Arena. Al Gore não autorizou a transmissão de sua palestra pela internet, o que provocou comentários apontando a contradição entre o discurso e a prática do político.
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Um ano após passar pelo "batismo digital" na terceira edição da Campus Party, a ex-candidata à presidência pelo PV volta ao Centro de Exposições Imigrantes. A senadora Marina Silva assistiu à palestra de Al Gore e de Tim Berners-Lee e, em seguida, subiu ao palco da área de Mídias Sociais para falar das ações que desenvolveu no Twitter, Orkut, Facebook, YouTube e Flickr com os militantes conectados.
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Inspirados pelo WikiLeaks, os debates sobre o livre acesso à informação e à rede estiveram constantemente amparados por discussões sobre inclusão digital. E quando se trata de inclusão digital, educação é um tema que não pode ficar de fora. O palco principal do pavilhão arena da Campus Party foi cenário para uma série de painéis do projeto EducaRede, uma iniciativa do grupo Telefônica na América Latina. Participantes tuiteiros desdobraram as palestras em tweets e divulgaram posts sobre as atividades na Campus Party usando a hashtag #EducaRede ou #educarede
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Jon "Maddog" Hall é o legítimo "arroz de festa". Basta ter um grupo de geeks reunidos que lá está ele, compartilhando toda a sua bagagem sobre software livre e recebendo o carinho de programadores que vêem nele uma figura quase mitológica. Maddog chegou ao Centro de Exposições Imigrantes já na segunda-feira e desde então se divide entre palestras, visitas a estandes, conversas casuais com geeks e momentos de modesta navegação nas bancadas.
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Esta foi a primeira Campus Party Brasil em que Marcelo Branco participou apenas como convidado. Até o ano passado, Branco foi diretor geral da Campus Party Brasil. Após um período de imersão na política, quando foi estrategista em mídias sociais da campanha de Dilma Rousseff, Branco retornou ao pavilhão arena para compartilhar a experiência nas eleições no mesmo palco em que estavam os coordenadores de campanha digital de Marina Silva e José Serra: Caio Túlio Costa e Soninha Francine, respectivamente.
Campuseiro tradicional e referência entre as comunidades de desenvolvedores de software livre, Marcelo Branco teve ausência sentida entre os geeks que acampam no evento. Sua presença, porém, foi constante nas palestras e debates, seja nos palcos, seja na plateia.
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O calor forte e os temporais que atingiram São Paulo durante a semana da Campus Party Brasil provocaram queda de energia em vários momentos do evento. Impedidos de navegar pela conexão de 10Gb oferecida pela organização, os campuseiros logo se manifestaram. "Or, or, or! Eu quero gerador!" foi uma das frases gritadas em uníssono ao redor do servidor.
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O roupão atoalhado branco, distribuído nos kits dos campuseiros acampados, virou uniforme nesta quarta edição da Campus Party. No início da semana, os tuiteiros desfilavam o "modelito" somente durante a madrugada. A partir do fim da quarta-feira, no entanto, os roupões invadiram a região das bancadas nos horários mais variados. Era fácil encontrar homens e mulheres vestidos "a rigor" transitando com câmeras na mão, comendo pipoca ou sentados diante de seus computadores.
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