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Ingresso da Bolívia como membro pleno deve marcar Cúpula do Mercosul

Reunião, que marca os 33 anos do bloco, será segunda-feira (8) em Assunção

4 jul 2024 - 15h18
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Este mês marca um passo significativo para a Bolívia e o Mercosul. Em uma reunião de cúpula a ser realizada em Assunção, Paraguai, a Bolívia está prestes a se tornar membro efetivo do bloco transnacional, após um longo período de negociações e ajustes necessários para alinhar suas políticas às exigências do grupo.

Ingresso da Bolívia como membro pleno deve marcar Cúpula do Mercosul
Ingresso da Bolívia como membro pleno deve marcar Cúpula do Mercosul
Foto: Marcos Oliveira / Agência Senado / Perfil Brasil

A cúpula, que acontecerá na próxima segunda-feira (8), é vista como um momento decisivo, uma vez que a adesão da Bolívia solidifica não apenas a expansão do Mercosul, mas também representa uma mudança significativa nas dinâmicas comerciais e políticas da região. A entrada da Bolívia tem, sem dúvidas, o potencial de fortalecer ainda mais a integração entre os países membros.

O que esperar da inclusão da Bolívia no Mercosul?

De acordo informações de reportagem da Agência Brasil, a anfitriã da cúpula, Gisela Padovan, Secretária para a América Latina e Caribe do Itamaraty, destacou a importância deste evento. Segundo ela, o ingresso completo da Bolívia é o principal ponto de discussão deste encontro. Com a provável aprovação do Senado boliviano ainda hoje, o país está a um passo de confirmar sua posição como membro pleno do Mercosul, aumentando para seis o número de nações efetivas no bloco.

Como a Bolívia se prepara para essa nova fase?

Após o anúncio oficial de adesão, a Bolívia terá quatro anos para cumprir todas as condições impostas pelo Mercosul. Essas condições estão relacionadas não só ao comércio, mas também a uma série de políticas como a manutenção da democracia, principalmente após tentativa de golpe na última semana. Este período é crucial para que o país ajuste suas leis e regulamentações às práticas comuns do bloco.

Reações internacionais e planos futuros

O presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, tem mostrado grande apoio à Bolívia, especialmente após os recentes eventos políticos que quase levaram a uma instabilidade governamental no país. Lula planeja visitar a Bolívia após a cúpula para reafirmar o apoio do Brasil e discutir futuras colaborações bilaterais. Este gesto também simboliza solidariedade frente aos desafios que a Bolívia vem enfrentando.

Outras reuniões na cúpula incluem discussões sobre migração e segurança na vasta fronteira entre Brasil e Bolívia, que é a maior do Brasil com outro país. Estes encontros enfocarão métodos para fortalecer as relações e aumentar a segurança, combatendo problemas como o narcotráfico.

Enquanto o Mercosul comemora 33 anos de fundação, o panorama para futuras negociações e acordos também será um tópico de discussão na cúpula. Há expectativa de que novos entendimentos sejam firmados, incluindo acordos para aumentar a capacidade da Usina Hidrelétrica de Jirau e para promover a produção cinematográfica entre os países do bloco.

Em contrapartida, a ausência anunciada do presidente argentino Javier Milei sugere algumas tensões políticas dentro do bloco. Ainda assim, os representantes do Mercosul reforçam que a integridade e o progresso do bloco não serão afetados.

Perfil Brasil
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