Confusão entre eleitores em Londres é contida pela polícia
Tumulto ocorreu em frente à Embaixada do Brasil; polícia metropolitana determinou retirada de bandeira de uma "paródia nazista"
LONDRES - A poucos minutos antes do fim da votação em Londres, o clima em frente à Embaixada do Brasil na capital britânica esquentou. Um início de tumulto foi logo dissipado pela polícia metropolitana, que também determinou a retirada de uma bandeira de uma "paródia nazista" dos ombros de um manifestante.
Primeiro, o grupo que apoia o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tomou a calçada em frente ao prédio, gritando "já ganhou, já ganhou". Como se trata de território britânico, a Embaixada não pode coibir a presença das pessoas no local - a lei eleitoral brasileira determina que manifestações só podem ocorrer a pelo menos 100 metros de distância do local da votação. O grupo contra o candidato começou a gritar "crime eleitoral" repetidamente.
Em determinado momento, uma das grandes bandeiras do Brasil foi puxada por um integrante de outro grupo, contrário ao candidato do PSL, iniciando aí um tumulto e início de agressão entre as partes. Com a intervenção da polícia, rapidamente a confusão foi desfeita.
Quase simultaneamente, um integrante do grupo pró-Bolsonaro, que tinha em seus ombros uma bandeira verde e preta foi orientado por um oficial a retirá-la dos ombros e guardar. De acordo com o policial, trata-se de um símbolo de apologia ao racismo. Questionado sobre o caso, o manifestante brasileiro disse que a bandeira se tratava de uma "paródia nazista", de uma corrente minoritária alemã. Ele rapidamente obedeceu à ordem do policial e guardou a bandeira. "Eu não entendi bem. O policial disse que houve uma denúncia. Eu obedeci", explicou ao "Broadcast".
Ao contrário do primeiro turno, quando a votação se estendeu até as 19h porque havia muitas pessoas na fila no momento do fechamento dos portões, desta vez, a eleição se encerrou exatamente às 17h de Londres (com o fim do horário de verão hoje, o Reino Unido passou a ficar apenas três horas à frente de Brasília, e não mais quatro). No momento do fechamento dos portões, chegou o reforço policial.