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Irã acusa Israel e promete vingar morte de líder do Hamas

Ismail Haniyeh era líder máximo do grupo terrorista e foi morto enquanto visitava Teerã, cidade iraniana, para acompanhar a posse do novo presidente do país

31 jul 2024 - 13h34
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Líder supremo do Irã promete vingar morte de líder do Hamas
Líder supremo do Irã promete vingar morte de líder do Hamas
Foto: Getty Images / Perfil Brasil

O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, prometeu que Israel pagará pela morte de Ismail Haniyeh, líder do Hamas. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (31), mesmo dia em que o grupo comunicou a morte do membro.

Envolvimento do Irã

Haniyeh era um dos principais nomes do braço político do grupo terrorista. Ele foi assassinado na última terça-feira enquanto visitava a cidade de Teerã, no Irã, para acompanhar a posse do novo presidente iraniano, conforme um comunicado do Hamas. Geraldo Alckmin, vice-presidente do Brasil, também estava na cerimônia de Masoud Pezeshkian.

O líder estava em uma residência no norte da capital do país. A nota do Hamas não explica como ele foi morto, e ninguém assumiu a responsabilidade pelo assassinato. O texto apenas descreve o assassinato como um "ataque aéreo traiçoeiro à sua residência em Teerã".

Apesar de o governo israelense não ter assumido a autoria da morte, o líder supremo do Irã prometeu uma "punição severa". Além disso, o novo presidente do país afirmou que "Israel se arrependerá pelo assassinato covarde".

O que disse Israel?

O porta-voz do governo israelense disse que não fará comentários sobre a morte de Haniyeh, mas infomrou estar em alerta máximo para evitar possíveis retaliações vindas do Irã. Similarmente, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que "Israel não quer guerra, mas estamos preparados para todas as possibilidades".

Reações no Oriente Médio

A Guarda Revolucionária Iraniana, uma divisão das Forças Armadas subordinada ao líder supremo, também declarou que "o Irã e a frente de resistência responderão a este crime". O braço armado do Hamas, responsável pelo planejamento e execução do ataque a Israel em 7 de outubro de 2023, que deu início à guerra em Gaza, afirmou igualmente que buscará vingança pelo assassinato.

O governo do Irã declarou luto de três dias por conta do assassinato de Haniyeh. Na Faixa de Gaza e Cisjordânia, os governos anunciaram uma greve geral.

Egito e Turquia também acusaram Israel de estar envolvido na morte do líder, com notas oficiais. No caso do governo egípcio, o comunicado aponta para as complicações que o caso gerou para a efetivação de um acordo de cessar-fogo na Faixa de Gaza. .

"Este assassinato é uma perversidade que visa interromper a causa palestina, a nobre resistência de Gaza e a luta legítima de nossos irmãos palestinos. No entanto, assim como até hoje, a barbárie sionista não atingirá seus objetivos", afirmou o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan.

Quem era o líder do Hamas?

Ismail Haniyeh atuava como um diplomata internacional do grupo terrorista Hamas. Ele era visto como moderado em comparação com os membros mais radicais do grupo.

Haniyeh recebeu o cargo mais alto do Hamas em 2017. Desde então, passou a viajar entre a Turquia e a capital do Catar, evitando as áreas restritas da Faixa de Gaza e negociando com o Irã.

"Todos os acordos de normalização que vocês (estados árabes) assinaram com (Israel) não acabarão com este conflito", declarou Haniyeh à emissora Al Jazeera, sediada no Catar, logo após os combatentes do Hamas lançarem o ataque no dia 7 de outubro.

A ação militar de Israel em resposta ao ataque resultou na morte de mais de 35.000 pessoas em Gaza até o momento, segundo as autoridades de saúde locais associadas ao Hamas.

Perfil Brasil
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