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⁠Irã liberta ganhadora do Nobel da Paz após quase três anos presa

4 dez 2024 - 10h54
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O governo do Irã autorizou a libertação temporária da ativista Narges Mohammadi, ganhadora do Nobel da Paz em 2023, conforme anunciaram seus familiares e advogados. Mohammadi, uma das maiores vozes da luta pelos direitos das mulheres no país, estava presa desde janeiro de 2022 e recebeu uma licença de 21 dias para tratamento médico.

A ativista iraniana Narges Mohammadi
A ativista iraniana Narges Mohammadi
Foto: Divulgação/Instagram @nobelprize_org / Perfil Brasil

A ativista passou por uma cirurgia nos ossos e, segundo seus familiares, a autorização para tratamento fora da prisão chegou tarde demais, agravando seu estado de saúde. Embora a licença permita sua recuperação, o tempo fora não será descontado de sua pena de mais de dez anos.

Justiça e a lei no Irã: gesto humanitário ou pressão internacional?

A libertação temporária de Mohammadi ocorre após semanas de pressão de organizações internacionais e apelos de sua família e de seu advogado. Em nota, a fundação que leva o nome da ativista criticou duramente o governo iraniano pela demora na decisão.

"Semanas de dor excruciante na prisão, apesar da defesa incansável de organizações de direitos humanos e figuras internacionais, destacam o desrespeito persistente pelos direitos humanos básicos de Narges Mohammadi e o tratamento desumano que ela sofre — mesmo depois de receber o prêmio Nobel da Paz", afirmou o comunicado.

A trajetória de Mohammadi é marcada por prisões constantes. Ao longo das últimas duas décadas, ela foi detida seis vezes, a primeira há 22 anos. Atualmente, cumpre pena no presídio de Evin, em Teerã, conhecido por abrigar críticos do regime. A ativista foi condenada a 10 anos e 9 meses por "espalhar propaganda contra o governo".

Além de sua luta pelos direitos das mulheres, Mohammadi é uma voz ativa contra a pena de morte no Irã, um dos países que mais utiliza essa punição no mundo. A breve liberdade, embora insuficiente para mitigar suas condições, reforça sua resistência e o impacto de sua luta global.

Perfil Brasil
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