Iraque condena alemã que pertencia ao EI à morte
Tribunal de Bagdá declara mulher culpada por dar apoio logístico ao "EI" em atentados e participar de ataques contra forças iraquianas
Um tribunal de Bagdá condenou à morte uma alemã de origem marroquina por pertencer ao grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI). Ela é a primeira mulher europeia sentenciada com a pena capital no Iraque.
Lamia K. confessou que viajou da Alemanha à Síria e depois ao Iraque em companhia de suas duas filhas, que se casaram com membros do EI, segundo informou o porta-voz do Conselho Supremo - a máxima autoridade judicial no Iraque -, o juiz Abdul-Sattar Bayrkdar.
A alemã, que deverá ser enforcada, foi declarada culpada na quinta-feira (18) por proporcionar apoio logístico ao grupo para ajudar em seus atentados, bem como por participar de ataques contra forças militares e de segurança iraquianas. O veredito poderá ser ainda apelado.
O ministério do Exterior alemão foi informado sobre o caso na semana passada, e o embaixador alemão em Bagdá manifestou seu protesto no Departamento Europeu do Ministério das Relações Exteriores do Iraque.
Em 12 de setembro, um jihadista russo foi condenado à pena de morte por um tribunal iraquiano por pertencer ao EI e realizar "operações terroristas" contra as forças iraquianas em Mossul, a cidade mais populosa que o grupo chegou a controlar.
Em dezembro, o premiê iraquiano, Haidar al-Abadi, anunciou o final da guerra contra o EI no país, que durou três anos depois que o grupo conquistou quase a metade do território iraquiano.
FC/efe/afp/lusa/ots