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Iraque declara fim da guerra contra o Estado Islâmico

Primeiro-ministro iraquiano anuncia que jihadistas foram expulsos dos últimos redutos controlados pelo grupo terrorista na fronteira

9 dez 2017 - 10h18
(atualizado às 11h32)
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O primeiro-ministro do Iraque, Haider al Abadi, declarou neste sábado (09/12) que o país está livre do grupo Estado Islâmico (EI), depois de três anos de domínio dos jihadistas em territórios estratégicos no país.

"As nossas forças conseguiram o controle total das fronteiras com a Síria", garantiu Abdadi em um pronunciamento em Bagdá. "A vitória foi conquistada graças à unidade de todos os iraquianos na luta contra um inimigo que não pensava que veríamos neste dia", acrescentou.

Soldados iraquianos comemoram vitória contra jihadistas do EI em Rawa
Soldados iraquianos comemoram vitória contra jihadistas do EI em Rawa
Foto: DW / Deutsche Welle

A fronteira com a Síria era o último reduto que o EI mantinha em território iraquiano. Os jihadistas ainda controlavam as províncias de Ninawa e Al Anbar.

"Foi consumada a libertação de todos os territórios do Iraque dos grupos do Daesh [acrônimo do EI em árabe] e nossas forças estão com o controle das fronteiras entre o Iraque e a Síria desde a passagem fronteiriça de Al Walid até a de Rabia", detalhou o subcomandante das forças iraquianas conjuntas, Abdelamir Yarala, em comunicado.

Em novembro, as forças iraquianas conseguiram retomar o controle de Rawa, próximo à fronteira com a Síria. Nos dias seguintes, o Exército do Iraque continuou a campanha contra os jihadistas nas áreas desérticas do país na região da fronteira com a Síria.

Longa batalha

Em 2014, o EI lançou uma ampla ofensiva na Síria e no Iraque, e ocupou uma grande parte do território iraquiano. Em 10 de julho deste ano, as forças de segurança do país conseguiram retomar o controle de Mossul, a segunda maior cidade do Iraque e o principal núcleo urbano que os jihadistas chegaram a dominar.

A batalha para recuperar Mossul deixou grande parte da cidade em ruínas e milhares de civis mortos. Quase 1 milhão de residentes fugiram da cidade desde a chegada das forças iraquianas, em outubro de 2016. Em todo o país, há mais de 3 milhões de deslocados.

Atiradores agindo sozinhos são mais perigosos que grupos terroristas:

Os Estados Unidos lideram a coalizão internacional que apoiou a campanha contra o EI em Mossul, conduzindo bombardeios contra os militantes e auxiliando soldados em solo.

Sem Mossul - que era de longe a maior cidade controlada pelos jihadistas - o domínio do EI no Iraque foi reduzido a áreas predominantemente rurais ou desertas a oeste e sul da cidade.

A ONU estimou que são necessários mais de 1 bilhão de dólares para reparar a infraestrutura básica de Mossul, no norte do Iraque. Em algumas das áreas mais afetadas, quase nenhum prédio ficou livre de danos.

KG/rtr/efe/ap

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A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas. Siga-nos no Facebook | Twitter | YouTube | WhatsApp | App

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