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Irmã acusa Planalto de ofertar cargos por morte de ex-PM, diz jornal

Em escuta feita pela polícia, Daniela Magalhães diz que o alto escalão do governo considerava o Adriano da Nóbrega como "arquivo morto”

6 abr 2022 - 14h40
(atualizado às 16h57)
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Ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como líder do grupo miliciano Escritório do Crime, foi morto neste domingo, 9
Ex-capitão da PM Adriano Magalhães da Nóbrega, apontado como líder do grupo miliciano Escritório do Crime, foi morto neste domingo, 9
Foto: Polícia Civil

Daniela Magalhães, irmã do ex-PM Adriano da Nóbrega - suspeito de envolvimento no esquema de rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ), disse em conversa grampeada pela polícia que o Palácio do Planalto ofereceu cargos comissionados em troca da morte do irmão, também acusado de comandar milícias no Rio de Janeiro. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Em uma ligação com uma tia após a morte de Adriano, Daniela revela detalhes de uma reunião que, segundo seu irmão lhe contou, envolveu o nome do ex-PM e o desejo do alto escalão do governo em tê-lo como um "arquivo morto".

A reportagem obteve e divulgou alguns dos áudios grampeados pelas autoridades. Em um deles, Daniela cita a suposta oferta. "Já tinham dado cargos comissionados no Planalto pela vida dele, já. Fizeram uma reunião com o nome do Adriano no Planalto. Entendeu, tia? Ele já sabia disso, já. Foi um complô mesmo".

Em outro áudio obtido pela Justiça, outra irmã de Adriano, chamada Tatiana, menciona o nome do ex-governador do Rio Wilson Witzel como um mandante: "Foi esse safado do Witzel, que disse que se pegasse era para matar. Foi ele".

Polícia da Bahia realizou reconstituição da operação que resultou na morte de Adriano da Nóbrega.
Polícia da Bahia realizou reconstituição da operação que resultou na morte de Adriano da Nóbrega.
Foto: Alberto Maraux/ Divulgação / Estadão

Tatiana também nega as acusações de que o irmão fazia parte de milícias e sugere que queriam ligar o ex-PM ao presidente Jair Bolsonaro (PL). "Querem botar ele como uma pessoa muito ruim para poderem ligar ao Bolsonaro. Aí já disseram que foi o Bolsonaro quem assassinou. Quando a gente queria cremar diziam que e a família queria cremar rápido porque não era o Adriano. Uma confusão", diz.

Adriano da Nóbrega morreu em uma operação policial realizada em Esplanada, na Bahia, no dia 9 de fevereiro de 2020.

Fonte: Redação Terra
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