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Israel: um brasileiro está ferido e dois seguem desaparecidos, diz Itamaraty

Cônsul-geral de Israel em São Paulo confirmou as informações para a CNN Brasil

7 out 2023 - 16h03
(atualizado às 16h28)
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Prédio é bombardeado em Israel
Prédio é bombardeado em Israel
Foto: Ashraf Amra

Um brasileiro ficou ferido durante os conflitos que ocorrem em Israel neste sábado, 7, e dois estão desaparecidos, confirmou o cônsul-geral de Israel em São Paulo, Rafael Erdreich, com informações do Ministério de Relações Exteriores (Itamaraty), em entrevista para a CNN Brasil.

Segundo Erdreich, o brasileiro ferido está hospitalizado e, até o momento, não há informações sobre seu estado de saúde.

Um dos brasileiros desaparecidos é Ranani Glazer, natural do Rio Grande do Sul, que estava em uma festa no sul do país quando o conflito teve início. Ao jornal O Globo, uma amiga de Ranani disse que até agora não há notícias de seu paradeiro. “Invadiram o local onde ele estava escondido no abrigo e não sabemos mais dele”, contou.

Ranani Glazer
Ranani Glazer
Foto: Redes sociais

Brasileiros na região

São estimados 14 mil brasileiros residentes em Israel e 6 mil brasileiros na Palestina, a grande maioria dos quais fora da área afetada pelos ataques, de acordo com o Itamaraty, que monitora a situação e abriu canal para familiares brasileiros que buscam informações.

Os plantões consulares da Embaixada em Tel Aviv +972 (54) 803 5858 e do Escritório de Representação em Ramala +972 (59) 205 5510, com Whatsapp, permanecem em funcionamento para atender nacionais em situação de emergência. O plantão consular geral do Itamaraty também pode ser contatado por meio do telefone +55 (61) 98260-0610.

Guerra

Centenas de pessoas já morreram nos conflitos em Israel que irromperam neste sábado. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou guerra após um ataque surpresa de grande escala do Hamas, usando mais de 5 mil foguetes. "Cidadãos de Israel, estamos em guerra, e não é só uma operação, é realmente uma guerra", disse Netanyahu, informando que ordenou a convocação de reservistas do Exército e uma resposta à guerra "impetuosidade e uma amplitude que o inimigo não conheceu até agora".

"O inimigo pagará um preço que nunca precisou pagar. Venceremos", declarou o premiê.

Com a declaração de guerra, foi iniciada a "Operação Espadas de Ferro", com a convocação de dezenas de milhares de reservistas. "Estamos em guerra, e na guerra é preciso manter o sangue frio. Apelo a todos os cidadãos para que se unam para atingir nosso objetivo final: uma vitória na Guerra", completou Netanyahu.

Soldados do Hamas
Soldados do Hamas
Foto: Reuters

Conselho de Segurança da ONU 

Em nota, o Itamaraty informou que o Brasil, "na qualidade de Presidente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, convocará reunião de emergência do órgão". 

"O Brasil lamenta que em 2023, ano do 30º aniversário dos Acordos de Paz de Oslo, se observe deterioração grave e crescente da situação securitária entre Israel e Palestina", diz comunicado. "Ao reiterar que não há justificativa para o recurso à violência, sobretudo contra civis, o Governo brasileiro exorta todas as partes a exercerem máxima contenção a fim de evitar a escalada da situação".

"Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito", diz Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para lamentar a guerra que irrompeu neste sábado, 7, em Israel, e disse que o Brasil "não poupará esforços para evitar a escalada do conflito". 

"Fiquei chocado com os ataques terroristas realizados hoje contra civis em Israel, que causaram numerosas vítimas", escreveu o mandatário brasileiro. "Ao expressar minhas condolências aos familiares das vítimas, reafirmo meu repúdio ao terrorismo em qualquer de suas formas". 

"O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU", acrescentou, mencionando o conselho que foi alvo de críticas em seu discurso na ONU. 

"Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados", completou. 

Fonte: Redação Terra
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