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Israel volta a atacar alvos do Hezbollah após matar líder

O líder do Hezbollah era considerado o homem mais poderoso do Líbano, e o temor é de que a sua morte promova ainda mais retaliações

29 set 2024 - 07h46
(atualizado às 07h57)
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Mulher libanesa que precisou deixar sua casa devido aos bombardeios chora a morte de Hassan Nasrallah, em Beirute
Mulher libanesa que precisou deixar sua casa devido aos bombardeios chora a morte de Hassan Nasrallah, em Beirute
Foto: DW / Deutsche Welle

Forças Armadas israelenses bombardeiam dezenas de prédios na capital Beirute depois de ataque que matou Hassan Nasrallah, homem mais poderoso do Líbano; há mais de 250 mil libaneses deslocados com a escalada do conflito.O Exército de Israel informou neste domingo (29/09) que realizou dezenas de novos ataques contra alvos do Hezbollah no Líbano, dois dias após matar o líder do grupo radical, Hassan Nasrallah, em um bombardeio ao sul da capital Beirute. Segundo os militares, os ataques visaram "edifícios onde estavam armazenadas armas e estruturas militares da organização".

Israel tem desferido massivos ataques contra a milícia islâmica, iniciados em 18 de setembro com pagers explosivos, no que tem sido a maior escalada de violência em um ano de conflito no Oriente Médio, que já matou mais de 1.200 israelenses e 40 mil palestinos. Segundo as autoridades do país, mais de 700 libaneses foram mortos só nesta semana.

O chefe de refugiados da ONU, Filippo Grandi, afirma que mais de 200 mil pessoas estão deslocadas e alojadas em abrigos dentro do Líbano, e mais de 50 mil fugiram para a vizinha Síria. O governo libanês converteu escolas e outras instalações em abrigos temporários. Ainda assim, muitos estão dormindo nas ruas ou em praças públicas.

Irã pede reunião de emergência ao Conselho de Segurança da ONU

O líder do Hezbollah era considerado o homem mais poderoso do Líbano, e o temor é de que a sua morte promova ainda mais retaliações, em todo o Oriente Médio. Após o assassinato, o Hezbollah intensificou os ataques a Israel, que já duram meses. A milícia Houthi, do Iêmen, também ameaçou o Estado judeu com novos ataques.

Os dois grupos compõem o chamado Eixo de Resistência, liderado pelo Irã, que também inclui a organização radical islâmica palestina Hamas, na Faixa de Gaza, além de grupos xiitas na Síria e no Iraque. O objetivo em comum é combater Israel.

O Irã solicitou uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU sobre a morte de Nasrallah. Em um comunicado, o embaixador do Irã na ONU, Amir Saeid Irawani, apelou ao colegiado para que tome "medidas imediatas e decisivas para parar a agressão contínua de Israel e evitar que a região seja arrastada para uma guerra total".

O exército israelense informou que Nasrallah foi morto em um ataque aéreo contra seu quartel-general, em um subúrbio de Beirute, durante uma reunião de líderes do Hezbollah. Ao mesmo tempo, o vice-comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, Abbas Nilforushan, morreu no ataque aéreo, segundo a agência de notícias estatal iraniana Irna.

"Estes grandes sacrifícios e esta grande injustiça não terão sido em vão", disse o líder Houthi, Abdul Malik al-Huthi, durante discurso televisionado no sábado. Após os recentes ataques de drones e foguetes contra Israel, a sua milícia está pronta para uma "escalada".

sf (AP, AFP, ots)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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