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Joe Biden diz que Trump é ameaça à democracia dos EUA

2 set 2022 - 09h48
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Presidente americano convoca a população a defender o país do que ele classificou de "ameaça extremista" representada pelo ex-presidente e seus apoiadores.O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, convocou a população americana nesta quinta-feira (01/09) a defender a democracia no país do que ele classificou de "ameaça extremista" representada pelo ex-presidente Donald Trump e seus apoiadores.

Biden discursou diante do Independence Hall, na Filadélfia, considerado o berço da democracia americana
Biden discursou diante do Independence Hall, na Filadélfia, considerado o berço da democracia americana
Foto: DW / Deutsche Welle

"Por muito tempo acreditamos que a democracia americana estava garantida. Mas não está. Temos que defendê-la, protegê-la, resistir", disse Biden durante um discurso na cidade de Filadélfia, Pensilvânia, a dois meses das eleições de meio de mandato.

O governante democrata alertou que Trump e seus apoiadores, conhecidos como "Maga" pelo slogan "Make America Great Again" ("Torne os EUA grandes novamente"), "não respeitam a Constituição ou a vontade do povo", por negarem os resultados das eleições de 2020, vencidas por Biden.

"Donald Trump e os republicanos do Maga representam o extremismo que ameaça os alicerces da nossa república", resumiu.

Biden fez o discurso em frente ao Independence Hall, edifício considerado o berço da democracia americana por ser o local onde foram assinadas a Declaração de Independência e a Constituição.

"Eu vim aqui esta noite no lugar onde tudo começou para explicar claramente à nação as ameaças que enfrentamos e o poder que temos em nossas mãos para enfrentá-las", disse o presidente.

Embora diga acreditar que a maioria dos eleitores republicanos não seja extremista, Biden lamentou que o partido "hoje seja dominado, conduzido e intimidado por Donald Trump".

O presidente americano advertiu que os apoiadores de Trump "estão determinados a fazer retroceder o país" para que se torne uma nação "sem direito à escolha, sem direito à privacidade, sem direito à contracepção, sem direito ao casamento com quem você ama".

Violência política

Além disso, acusou o trumpismo de ter "atiçado as chamas da violência política" com o ataque ao Capitólio em 2021, quando uma multidão tentou impedir a ratificação da vitória de Biden, e com as ameaças contra o FBI por conta da operação na mansão de Trump na Flórida em busca de documentos confidenciais.

"Há figuras públicas que estão pedindo violência em massa e tumultos nas ruas", acusou Biden. "Esta nação rejeita a violência como ferramenta política", acrescentou.

"Como presidente, defenderei nossa democracia e peço que todos os americanos se juntem a mim", completou Biden, que estava acompanhado no comício por sua esposa, Jill Biden.

Na semana passada, Biden entrou de cabeça na campanha para as eleições legislativas de novembro com um discurso em Maryland e, na terça-feira, realizou outro comício inflamado no estado da Pensilvânia.

Com esses e outros discursos, tentou retratar as eleições legislativas de novembro como um referendo entre aqueles que defendem a democracia e aqueles que apoiaram o ataque ao Capitólio.

Antes de seu discurso, o líder republicano da Câmara dos Representantes, Kevin McCarthy, exigiu que Biden se desculpasse por chamar os apoiadores de Trump de "semifascistas" na semana passada.

md/lf (EFE, AP, Reuters)

Deutsche Welle A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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