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Jornalistas são ameaçados por bolsonaristas em bloqueios de rodovias em SC e GO

Equipes de reportagem de afiliadas da Record TV em rodovias de Blumenau (SC) e Anápolis (GO) foram ameaçadas nesta terça-feira, 1º

1 nov 2022 - 22h02
(atualizado às 22h23)
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Jornalista foi ameaçado por bolsonaristas que bloqueavam BR-470
Jornalista foi ameaçado por bolsonaristas que bloqueavam BR-470
Foto: Reprodução/ NDTV

Duas equipes de reportagem de afiliadas da Record TV foram hostilizadas, nesta terça-feira, 1º, por manifestantes bolsonaristas que bloqueiam rodovias. Os casos aconteceram em estradas em Santa Catarina e em Goiás.

Em Blumenau (SC), o repórter Stevão Limana e o operador de câmera Lucas Fernandes, da NDTV Record TV, cobriam um bloqueio na BR-470 quando foram ameaçados ao vivo durante o programa Tribuna do Povo.

“Não filma”, diz um dos homens. “Apaga o vídeo aí, apaga tudo agora”, "apaga essa po***", "quero ver em quem você votou", “acabou a tua reportagem”, “nós vamos quebrar a câmera”, são algumas das frases proferidas pelos homens que cercaram a equipe.   

O repórter tenta acalmar os manifestantes e chega a ressaltar que é jornalista, que "estudou durante cinco anos". Um dos homens o acusa de trabalhar na TV Globo. "A Globo é um lixo", diz o homem com a voz alterada. O jornalista nega que trabalha na Globo e mostra o microfone da Record TV, mas a ação não é suficiente para acalmar o manifestante. "Tudo aparelhado", diz o homem. 

Jornalista da TV Record de Goiás relatou que foi hostilizada durante cobertura ao vivo do bloqueio da BR-060 em Anápolis
Jornalista da TV Record de Goiás relatou que foi hostilizada durante cobertura ao vivo do bloqueio da BR-060 em Anápolis
Foto: Reprodução/Instagram

O outro episódio foi relatado pela jornalista da Record TV de Goiás, Lorena Gomes, que cobria o bloqueio na BR-060, em Anápolis. 

A jornalista relatou em seu perfil no Instagram a dificuldade que enfrentou para para realizar a cobertura ao vivo da manifestação já que manifestantes chegaram a puxar o microfone para que ela "não pudesse falar"

"A gente sofreu bastante, tudo isso ao vivo. Teve um determinado momento que a polícia jogou ali a bomba, como tava fazendo para fazer a dispersão, mas aí um manifestante atirou ela no meu pé e aí eu pulei assustada. Foi aquele cheiro do gás afetando os meus olhos", contou  Lorena.

"A gente não se intimida, a gente vai até o fim, pode vir ameçar, pode vir o que for, a gente tá ali fazendo o nosso trabalho, passando informações pra vocês, e isso eu não vou deixar de fazer", desabafou. 

Fonte: Redação Terra
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