Jovem com morte cerebral mantida viva em aparelhos está na 26ª semana da gestação

O caso de Joyce Sousa Araújo, de 21 anos, tem gerado grande comoção em Rondonópolis, a 218 km de Cuiabá, onde a jovem está internada há cerca de um mês após ser diagnosticada com morte cerebral. Mesmo com esse diagnóstico, ela permanece sendo mantida viva por aparelhos, com o objetivo de preservar a vida do bebê que está em seu ventre. O obstetra Pedro Luiz Silva, que acompanha o caso na Santa Casa de Rondonópolis, explicou que o desafio principal é prolongar o máximo possível a gestação para aumentar as chances de sobrevivência do bebê.

Segundo o médico ao g1, a gestação encontra-se na 26ª semana, o que significa que o bebê ainda é prematuro. "Estamos tentando ganhar dias para que ele possa sobreviver com o menor risco de sequelas", detalhou o obstetra. O objetivo é garantir que o bebê chegue a um período de maior maturidade para depender menos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após o nascimento.

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O QUE ACONTECEU?

O drama de Joyce começou no dia 20 de dezembro de 2024, quando passou mal em Jaciara. Após ser hospitalizada e apresentar piora no quadro, foi transferida para Rondonópolis, onde passou por uma cirurgia emergencial. Infelizmente, o cérebro de Joyce começou a inchar, levando à realização de um procedimento delicado para aliviar a pressão. Apesar dos esforços médicos, ela foi declarada com morte cerebral em 1º de janeiro de 2025.

João Matheus Silva, marido de Joyce, tem enfrentado a situação com pesar e preocupação. "É difícil aceitar que as crianças vão crescer sem a mãe", desabafou ele. O casal, que se mudou para Mato Grosso em busca de novas oportunidades, tem duas filhas pequenas, de 3 e 7 anos. Agora, João se concentra em cuidar das meninas e na chegada do bebê, além de planejar o traslado do corpo de Joyce para Tocantins após o nascimento.

A Santa Casa de Rondonópolis informou que ainda não há uma data definida para o parto. O caso segue sendo acompanhado de perto, com todos os cuidados necessários para garantir o melhor desfecho possível para o bebê. A família de Joyce conta com o apoio da comunidade para enfrentar este momento delicado.