Jovem deve receber R$ 1 bilhão após ter pai reconhecido pela Justiça
Filho de empresário Eggon da Silva havia entrado com ação para reconhecimento dos direitos, dando início ao processo
Um acordo judicial que se estendeu por anos na Justiça de Santa Catarina garantiu que o jovem Lucas Demathe da Silva, de 28 anos, herde cerca de R$ 1 bilhão como herança após ser reconhecido como filho de Eggon da Silva, um dos empresários mais ricos do estado. O bilionário morreu em 2015, aos 85 anos.
O acordo foi revelado pelo jornalista Lauro Jardim, colunista do jornal "O Globo". De acordo com ele, desde a morte de Eggon, que foi um dos três fundadores da Weg, - um dos maiores fabricantes de motores elétricos do mundo -, seu inventário não havia sido concluído por causa da disputa que envolvia a herança dele, que tem outros cinco filhos com a esposa, além do filho fora do casamento.
Lucas havia entrado com ação para reconhecimento dos direitos, dando início ao processo. Ele deverá receber o valor devido em parcelas.
Quem foi empresário
Segundo informações da Weg, nascido em 17 de outubro de 1929, no que é hoje o município de Schröeder, norte de Santa Catarina, Eggon João da Silva começou a trabalhar cedo, aos 13 anos, em um cartório de Jaraguá do Sul.
Em 1957, depois de 14 anos no principal banco do Estado, torna-se sócio da João Wiest & Cia. Ltda., uma firma especializada na produção de canos de escape para veículos, então com 8 funcionários. Quatro anos depois, Eggon deixa a empresa, que já contava com 150 funcionários, para enfrentar o maior desafio de sua carreira.
Em setembro de 1961, juntamente com Werner Ricardo Voigt e Geraldo Werninghaus, funda a WEG, que na época produzia apenas motores elétricos. Até 1989, Eggon exerceu o cargo de Diretor Presidente da empresa, levando-a a figurar entre as maiores do setor, com participação destacada no mercado nacional e internacional.
De 1989 a 2004, foi presidente do Conselho de Administração da WEG.Mas a trajetória de Eggon João da Silva não está ligada apenas à WEG. O empresário fez parte dos conselhos de quatro grandes empresas - Oxford, Tigre, Marisol, e Perdigão, tendo nesta última, inclusive, exercido a função de diretor presidente entre 1994 e 95, momento em que cumpriu uma dura missão de recuperação financeira da empresa.
Sua frase mais famosa ficou como um ensinamento às gerações futuras: “Quando faltam máquinas, você as pode comprar; se não tiver dinheiro, pode pegar emprestado; mas homens você não pode comprar ou pedir emprestado, e homens motivados são a base do êxito”.