Jovem tem morte cerebral após ser baleado por traficante no Réveillon
Durante as comemorações do réveillon em Queimados, município da Baixada Fluminense, uma ocorrência trágica marcou o início do novo ano. Kauan Galdino, jovem aspirante a jogador de futebol, foi alvo de um incidente violento que culminou em sua morte cerebral.
O episódio teve início após uma discussão aparentemente trivial, que logo escalou para um confronto fatal. Após um pisar no pé de um conhecido criminoso do local, a tensão aumentou, resultando em um disparo na direção de Kauan. Reconhecido por sua natureza tranquila e sonhos de uma carreira esportiva, o jovem foi surpreendido por um desfecho brutal daquela noite.
Quem era o jovem Kauan Galdino?
Kauan era um jovem de 18 anos com grandes aspirações. Suas ambições passavam pelo futebol e pelo serviço militar. No primeiro minuto de 2025, recebeu um convite do Exército para integrar uma Brigada de Infantaria Paraquedista. Essa notícia foi motivo de celebração para ele e sua família.
Renato Pereira, pai de Kauan e motorista de aplicativo, expressou em declaração, antes mesmo da trágica notícia, o quão significativos eram os recentes avanços na vida de seu filho. A lembrança de momentos de felicidade juntos é agora ofuscada pela tragédia que se seguiu.
O início do conflito e seus desdobramentos
Em uma sequência de eventos que ainda está sob investigação, o conflito começou após Kauan deixar a casa de seu tio para ir em um baile. O detalhe aparentemente insignificante de pisar no pé de um traficante local resultou em um desentendimento. O traficante, conhecido como 'Testa de Ferro', retaliou com violência, alterando irreversivelmente o curso daquela noite.
A polícia segue investigando o caso, tentando esclarecer os motivos que levaram à fatalidade e o papel real do traficante no incidente. Supostamente, a decisão violenta irritou chefes da organização criminosa à qual pertencia, gerando ainda mais incerteza e especulação sobre a segurança e o controle nas comunidades locais.
"Bateram lá no portão de casa dizendo que o meu filho tinha sido baleado. Eu saí desesperado e fui para a UPA (de Queimados). Cada um fala uma coisa, mas ninguém sabe de fato o que aconteceu. O que sabemos é que o bandido deu um tiro à queima-roupa no meu filho. Atirou num menino estudioso. Fizeram uma covardia com um menino que é bobão, quieto, que só tinha tamanho", relatou o pai do menino.
Armas de fogo causam dor, luto e em uma cidade submetida à violência racial, jovens negros são pele alvo. Kauan Galdino Florêncio Pereira, tinha 18 anos e construía uma carreira no futebol, mais uma vida interrompida. Meus sentimentos à família.
— Monica Cunha (@monicacunhario) January 3, 2025