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Julgamento de empresário acusado de feminicídio em Porto Alegre pode ser adiado

Novas movimentações processuais podem mudar a data do júri de Marcelo de Oliveira Bueno, acusado de matar Débora Forcolén com um tiro no rosto.

7 out 2024 - 10h46
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O julgamento de Marcelo de Oliveira Bueno, de 43 anos, acusado de matar sua companheira Débora Forcolén, de 18, com um tiro no rosto, está previsto para ocorrer na próxima terça-feira (8), em Porto Alegre. No entanto, novas movimentações processuais colocam essa data em dúvida, podendo adiar o júri.

Foto: Reprodução / Facebook / Porto Alegre 24 horas

O crime aconteceu em maio de 2018, no bairro Farrapos, zona norte da cidade. Bueno foi acusado pelo Ministério Público de feminicídio, alegando que ele teria cometido o crime por não aceitar o fim do relacionamento. A defesa do empresário argumenta que o disparo foi acidental, ocorrido enquanto ele manuseava a arma.

Na última quinta-feira (3), a juíza Cristiane Busatto Zardo, da 4ª Vara do Júri, ordenou a exclusão de uma prova anexada pela acusação, chamada de "reprodução simulada dos fatos". O documento recriava o crime, mas foi considerado inválido pela juíza, pois não foi realizado com a participação de peritos oficiais. A decisão gerou recurso do Ministério Público, que aguarda avaliação do Tribunal de Justiça.

Possível adiamento

O julgamento pode ser adiado caso o Tribunal aceite o recurso da acusação para manter o uso da reprodução simulada. Se isso ocorrer, o júri será transferido para uma nova data, e o Instituto-Geral de Perícias (IGP) será encarregado de realizar uma nova reconstituição oficial. A defesa se opôs ao uso da simulação por acreditar que isso compromete a imparcialidade do processo.

Contexto do crime

Marcelo Bueno teria disparado contra Débora Forcolén após o término conturbado do relacionamento. A versão da defesa é que o empresário estava limpando a arma emprestada e não percebeu que ainda havia uma bala na câmara. O Ministério Público contesta essa versão, afirmando que o crime ocorreu em um contexto de violência doméstica.

Débora, que sonhava com uma carreira de modelo e tinha um filho de outro relacionamento, teria vivido uma relação abusiva, com registros de agressões físicas anteriores. Testemunhas relataram que, dias antes de sua morte, ela apresentou sinais de violência, como hematomas no rosto.

Marcelo Bueno foi preso logo após o crime, mas foi liberado no dia seguinte. Ele voltou a ser detido em julho de 2018, enquanto estava internado em uma clínica de reabilitação. Em 2019, foi solto novamente e permanece em liberdade até o momento.

Dinâmica do júri

No julgamento, sete jurados serão escolhidos para compor o Conselho de Sentença. Testemunhas serão ouvidas, sendo cinco indicadas pela acusação. A defesa, por outro lado, não indicou novas testemunhas para serem ouvidas. Após as apresentações de defesa e acusação, os jurados decidirão sobre a culpabilidade do réu. Caso seja condenado, a juíza determinará a pena.

Espera por decisão

A data do julgamento depende da decisão do Tribunal de Justiça sobre o uso da "reprodução simulada dos fatos". Caso o recurso da acusação seja aceito, uma nova reconstituição oficial será conduzida pelo IGP, e o julgamento será remarcado para uma data futura. O Ministério Público busca validar a prova, enquanto a defesa defende sua retirada para garantir um julgamento justo e equilibrado.

Porto Alegre 24 horas
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