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Julho Amarelo: campanha incentiva testagem contra hepatites virais

De acordo com a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), apenas 18% das pessoas que vivem com hepatite B nas Américas foi diagnosticada. Desses, somente 3% estão recebendo tratamento. No caso da hepatite C, apenas 22% dos afetados cronicamente foram diagnosticadas.

7 jul 2022 - 13h41
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Uma porcentagem alta de pessoas pode estar com o vírus de hepatite B ou hepatite C e não sabe. Segundo a Organização Panamericana de Saúde (OPAS), somente nas Américas, cerca de 18% dos que vivem com hepatite B foram diagnosticados. E em relação à hepatite B, apenas 22% dos que têm a doença foram diagnosticados.

Foto: DINO / DINO

No Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Estudos do Fígado (Ibrafig), pelo menos um milhão de pessoas desconhecem que têm as também chamadas hepatites virais, onde também se inclui a hepatite A. Para incentivar a população a fazer testagem contra a doença, o Instituto, a Sociedade Brasileira de Hepatologia, em parceria com a OPAS, adotaram a campanha Julho Amarelo, que em 2022 vem com o slogan "Não Vamos Deixar Ninguém para Trás". A campanha ocorre neste mês porque o dia 28 de julho é lembrado como Dia Mundial contra as Hepatites Virais.

A testagem em busca de diagnóstico é importante porque as hepatites virais podem causar cirrose e câncer do fígado. Segundo a OPAS, cerca de um milhão de pessoas morrem por ano, em todo o mundo, em decorrência da hepatite, especialmente as do tipo B e C. As novas infecções chegam a três milhões por ano. Uma das formas de diagnosticar a doença é por meio de exame de sangue.

Para garantir um diagnóstico preciso, a recomendação é procurar por um laboratório de confiança. A recomendação serve não apenas para o diagnóstico de hepatites, mas para todas as análises feitas em laboratório com o intuito de verificar condições de saúde de um paciente.

De acordo com o farmacêutico bioquímico e mestre em Biotecnologia em Saúde e Medicina Investigativa, Joilton Oliveira Matos, em geral a testagem em laboratório - para investigação de qualquer tipo de doença - passa por três fases, que vão garantir a assertividade do resultado, a pré-analítica, a analítica e a pós-analítica. "Para fornecer resultados confiáveis, o laboratório clínico deve seguir regras rígidas e sistematizadas de controle de qualidade laboratorial em todas as etapas do processo", ressalta.

Segundo ele, cada fase tem suas peculiaridades e processos específicos para garantir que os exames sejam feitos de forma correta, de modo a evitar não conformidades que possam prejudicar os resultados. "Em sua maioria as falhas encontram-se na fase pré-analítica, pois existem alguns fatores que corroboram com os erros como: orientação inadequada sobre o preparo para realização dos exames; tempo excessivo de garroteamento das amostras; coleta de tubos inapropriada e falta de homogeneização", comenta Matos.

Na fase seguinte, a analítica, ocorre o processamento da amostra. O farmacêutico bioquímico ressalta que, nessa etapa, por mais que as análises sejam facilitadas pela tecnologia e automação, o trabalho dos profissionais é indispensável para garantir a qualidade e a segurança dos resultados. Já a fase pós-analítica corresponde a liberação do exame.

"Durante todo o processo, inúmeras são as possibilidades de erros que podem levar a um resultado laboratorial equivocado, inclusive, quando se reprocessa uma mesma amostra clínica. No entanto, é dever do laboratório clínico implementar uma política de Garantia da Qualidade que tem por objetivo controlar, avaliar e tomar decisões para eliminação das causas que originam resultados equivocados que podem interferir na conduta clínica dos pacientes", conclui o profissional, que tem mais de 15 anos de experiência na área.

Além do conhecimento sobre a doença, o profissional reitera a importância de buscar laboratórios que atendam aos padrões de qualidade. "Os laboratórios que têm certificações e acreditações são capazes de garantir maior precisão dos resultados e maior segurança para avaliação médica", explica. 

Tratamento contra hepatites virais inclui vacina e possibilidade de cura em 95% dos casos

O diagnóstico de hepatite viral não é uma sentença de morte para os pacientes. Existe tratamento para qualquer um dos tipos diagnosticados e que pode ser feito na rede pública de saúde. Para a hepatite B, por exemplo, existe vacina, o que contribui para a prevenção da doença em crianças e adultos.

Já para a hepatite C, segundo a OPAS, a chance de cura é de 95% dos casos. Para a detecção da doença, as autoridades em saúde dizem que é importante todas as pessoas fazerem a testagem, mas esta é recomendada principalmente, segundo informações da Sociedade Brasileira de Hepatologia, para:

- Pessoas com idade igual ou superior a 40 anos; ou que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993, ou, usuárias de drogas injetáveis, ou que compartilham agulhas injetáveis ou, ainda, submetidas a procedimentos de tatuagens, piercings ou de escarificação, com material não descartável, ou sem o devido cuidado sanitário;

- Pessoas com múltiplos parceiros sexuais, ou com múltiplas doenças sexualmente transmissíveis;

- Pessoas que admitem elevado consumo de álcool.

DINO Este é um conteúdo comercial divulgado pela empresa Dino e não é de responsabilidade do Terra
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