Justiça mantém prisão do ex-vereador Marion Mortari suspeito de furto milionário
Pedido de liberdade e prisão domiciliar é negado; defesa recorre ao Tribunal de Justiça
O juiz Eduardo Giovelli, da Vara de Execuções Criminais de Ijuí, rejeitou o pedido de relaxamento da prisão do ex-vereador Marion Mortari. O político, natural de Santa Maria, está detido no noroeste do Estado, suspeito de participar de um furto milionário em uma joalheria e ótica de Ijuí, conforme a investigação da Polícia Civil.
O pedido, protocolado pela defesa de Marion na noite de quinta-feira (2), incluía tanto a solicitação de liberdade quanto o pedido de prisão domiciliar, para que o ex-vereador pudesse estar mais próximo de sua família em Santa Maria. No entanto, o juiz decidiu que não houve mudanças nas circunstâncias que justificassem a revisão da decisão de prisão. Em resposta, a defesa de Marion solicitou um Habeas Corpus ao Tribunal de Justiça do Estado.
O advogado Gustavo Ribas da Silveira Flores, que representa Marion, argumenta que o pedido de liberdade foi baseado no estado de saúde do ex-vereador, que enfrenta um quadro clínico de depressão. "Marion é o mais interessado em provar sua inocência", afirmou o advogado.
Mudança de Candidatura
O partido União Brasil decidiu remover Marion Mortari de sua lista de candidatos à Câmara de Vereadores de Santa Maria. Em seu lugar, o partido indicou o ex-vereador Ovídio Mayer (Dr. Ovídio). Os partidos têm até 15 de agosto para formalizar suas candidaturas ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE).
Detalhes do Furto
A investigação, denominada Operação Áurea, foi conduzida pela 1ª Delegacia de Polícia de Repressão a Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e teve como alvo o furto à Óptica Wolff, ocorrido em 28 de janeiro. O crime resultou em um prejuízo superior a R$ 12 milhões para o estabelecimento localizado em Ijuí.
De acordo com o delegado Anselmo Cruz, que apoiou a operação, foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão em Santa Maria e em Florianópolis (SC). Três suspeitos foram detidos, incluindo Marion Mortari. A operação também resultou na apreensão de veículos de luxo e no bloqueio de contas bancárias. As investigações indicam que Marion teria alugado o carro utilizado no furto e que sua presença em Ijuí foi confirmada por meio da quebra de sigilo telemático.