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Caso Bernardo: Leandro Boldrini é condenado a 31 anos de prisão pela morte do filho

Menino de 11 anos foi assassinado em 2014; Boldrini já havia sido condenado por homicídio em 2019, mas sentença foi anulada

23 mar 2023 - 20h47
(atualizado às 21h02)
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Da esquerda para direita: O médico Leandro Boldrini e Bernardo Boldrini, assassinado em 2014
Da esquerda para direita: O médico Leandro Boldrini e Bernardo Boldrini, assassinado em 2014
Foto: Reprodução/Redes Sociais

O  médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo Boldrini, foi condenado a 31 anos e oito meses de prisão, nesta quinta-feira, 23, pela morte do filho de 11 anos, Bernardo, que foi assassinado em 2014, na cidade de Três Passos, no Rio Grande do Sul. 

Boldrini foi condenado por homicídio quadruplamente qualificado e falsidade ideológica. Ele foi absolvido do crime de ocultação de cadáver. A sentença foi lida no ínicio da noite desta quinta pela juíza Sucilene Engler Werle, após quatro dias de julgamento. O médico, considerado como mentor intelectual do crime, ainda pode recorrer da sentença. 

Este é o segundo julgamento do pai de Bernardo. Em 2019, ele foi condenado pelo assassinato do  filho, mas a decisão foi anulada dois anos depois pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, que aceitou a alegação de que o réu não teve o seu direito ao silêncio respeitado durante o julgamento.

Leandro Boldrini está preso desde 2014 pelo crime. Ele deverá cumprir mais oito anos de sentença em regime fechado. Depois, poderá passar para o regime semiaberto. 

Relembre o caso 

Bernardo Boldrini, de 11 anos, foi assassinado em 2014, após receber uma superdosagem de sedativo. Além de Leandro Boldrini, também foram condenados pelo crime a madrasta do menino, Graciele Ugulin, a amiga dela Edelvânia Wirganovicz e o irmão da amiga, Evandro Wirganovicz. Todos os julgamentos foram realizados em 2019. 

O corpo de Bernardo foi encontrado dez dias depois após o seu desaparecimento, em 4 de abril de 2014, dentro de um saco, enterrado às margens do rio Mico, na cidade de Frederico Westphalen, no Rio Grande do Sul.

As investigações apontaram que a motivação do crime era a vontade de Leandro e Graciele de não dividir com Bernardo a herança deixada pela mãe dela, Odilaine, falecida em 2010, além de o considerarem um estorvo para o novo núcleo familiar. 

Fonte: Redação Terra
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