Homem é preso em Jundiaí (SP) por ameaças de explosão ao Congresso Nacional
"Se vocês não quiserem recolher pedaços de pessoas durante um mês, eu exijo a transferência de R$ 450.000,00", escreveu o suspeito
A Polícia Civil prendeu um homem de 36 anos em Jundiaí, interior de São Paulo, suspeito de ameaçar explodir o Congresso Nacional e praticar crimes de ódio, incluindo manifestações racistas, extremistas e homofóbicas contra autoridades. A prisão ocorreu como parte de uma operação que cumpriu dois mandados de busca e apreensão na cidade.
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As investigações apontam que as ameaças foram feitas através de e-mails anônimos, com registros pelo menos desde 2022. A polícia destacou que houve múltiplas ocorrências semelhantes em várias regiões do país, com autoridades e órgãos públicos como alvos das mensagens ameaçadoras.
Segundo a TV TEM, a Polícia Civil também investiga a possibilidade de os suspeitos terem ligação com o autor do recente atentado na Esplanada dos Ministérios, que morreu ao tentar detonar explosivos em frente ao Supremo Tribunal Federal (STF).
A operação começou após uma denúncia de que uma deputada estadual do Rio Grande do Sul havia sido vítima de ameaças. Os investigadores acreditam que os envolvidos podem integrar um grupo operando na "deep web", de onde praticam crimes semelhantes em diferentes locais do Brasil.
O suspeito detido teria exigido dinheiro em troca de não cometer os atos. "Se vocês não quiserem recolher pedaços de pessoas durante um mês, eu exijo a transferência de R$ 450.000,00 para a conta abaixo", teria afirmado em um dos e-mails enviados a gabinetes de ministros federais.
Durante a operação, a polícia apreendeu dois computadores, dois tablets, dois celulares, pen drives e outros materiais que serão analisados. A perícia inicial realizada no imóvel revelou evidências dos crimes.
O suspeito foi preso em flagrante e levado ao Centro de Triagem, enquanto o segundo investigado, também alvo da operação, não foi localizado. A ação contou com a colaboração da Polícia Civil do Rio Grande do Sul, da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Jundiaí e do Grupo de Operações Especiais (GOE) de Campinas.