Justiça determina apreensão de avião de Valdemiro Santiago para pagamento de dívida milionária
Dívida da empresa do líder da Igreja Mundial do Poder de Deus é de R$ 21,4 milhões
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou a apreensão de um avião de Valdemiro Santiago, líder evangélico e fundador da Igreja Mundial do Poder de Deus. A ação foi movida pela Nacional Bank, a fim de receber a quantia de R$ 21,4 milhões referente a uma dívida contraída por uma das empresas do pastor, a Intertevê Serviços Ltda. A aeronave teria sido apresentada como garantia de pagamento.
Conforme apurado pelo Terra, o juiz Felipe Poyares Miranda, da 16ª Vara Cível de São Paulo, determinou que os advogados da empresa fossem intimados a entregar a aeronave Pilatus, modelo PC 12/47E, número de série 1127, em 24 horas, a um oficial de Justiça no aeroporto Estadual Comandante Rolim Adolfo Amaro em Jundiaí (SP). A decisão é do dia 29 de março deste ano.
Conforme aponta o Nacional Bank, autora da ação, em 2018, Filipe Pires Iannie, genro de Valdemiro, assinou um termo de confissão de dívida, e apresentou a aeronave como garantia de bem de penhora. Ainda conforme a instituição, o pastor tentou "ocultar" o patrimônio que seria penhorado para a empresa Eu Transpiro Adoração Produções Artísticas Ltda., representada pela filha do pastor.
"Não é só público, mas também notório a busca constante pelo apóstolo do 'milagre da blindagem patrimonial de seus bens'", argumentou a instituição à Justiça.
Em uma nova decisão, publicada nesta terça-feira, 11, o juiz afirmou que a empresa da filha de Valdemiro justificou a impossibilidade de entrega da aeronave por restrições de voo. Segundo ela, impostas por decisão judicial e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), já que o equipamento está no aeroporto de Bonito (MS).
Diante disso, o magistrado pediu para que o banco se manifeste em até cinco dias para que seja expedida a busca e apreensão do avião no hangar de Bonito. O Terra tentou contato com as defesas da Intertevê Serviços e da Nacional Bank, mas até a última atualização desta reportagem, não teve retorno. O espaço continua aberto para manifestação.
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