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É uma 'ofensa' a memoria de Isabella, diz mãe sobre saída de Nardoni da cadeia

Alexandre Nardoni poderá progredir para o regime aberto em abril deste ano, após cumprir 16 anos de pena pelo homicídio da filha

12 mar 2024 - 14h46
(atualizado às 15h05)
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Resumo
Alexandre Nardoni poderá sair da prisão a partir de abril deste ano, em regime aberto, após cumprir 16 anos de pena. A mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, afirmou que considera a progressão do regime uma ofensa à memória de sua filha, Isabella, morta aos 5 anos.
'Isabella: o Caso Nardoni' já acumula 9,3 milhões de horas assistidas na Netflix.
'Isabella: o Caso Nardoni' já acumula 9,3 milhões de horas assistidas na Netflix.
Foto: Netflix/Divulgação / Estadão

Alexandre Nardoni, condenado pela morte da filha Isabella, poderá sair da prisão a partir de abril deste ano, após cumprir 16 anos de pena. A mãe da menina, Ana Carolina Oliveira, afirmou durante o programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, que considera isso uma ofensa à memória de sua filha. 

"Eu me sinto ofendida como mãe e até em memória da minha filha, porque a gente não espera. Quer dizer, a gente sabe que vai acontecer, mas não espera que isso aconteça", revelou durante a entrevista. 

Nardoni está preso desde 2008, época em que ocorreu o crime. Ele foi condenado a 31 anos e 1 mês de prisão, mas reduziu sua pena em 2 anos e 9 meses por trabalhos realizados no sistema prisional. Atualmente, ele está em regime semiaberto na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, a P2, em Tremembé (SP).

Por estar nesse regime, ele tem direito ao benefício da saída temporária quatro vezes ao ano. No estado de São Paulo, a saída começou nesta terça-feira, 12, mas o pai de Isabella sairá somente nos próximos dias, pois teve dois dias de redução do benefício, em razão do velório de sua mãe, que morreu no último dia 29. 

De acordo com o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois, Nardoni pode estar com os dias contados na prisão, já que a sua ficha penal prevê a progressão em 6 de abril de 2024. O pai de Isabella terá somente que cumprir o recolhimento noturno em casa, ou seja, das 22h às 6h.

Ana Carolina Oliveira e Isabella Nardoni
Ana Carolina Oliveira e Isabella Nardoni
Foto: Reprodução/Redes Sociais

"Como mãe e em memória da minha filha, sabendo tudo o que aconteceu, vivendo essa história, vivendo este luto, eu realmente me sinto bem triste por tudo isso. Graças a Deus, a Justiça na época foi feita e eu tive a oportunidade, porque a gente sabe hoje quantos casos isso não acontece, mas é bem pouco tempo 16 anos pelo tamanho do crime que aconteceu, e saber que a minha filha não vai voltar, não tem essa oportunidade. Passaram 16 anos, ela não vai voltar, não vai viver", desabafou Ana Carolina.  

Além do pai de Isabella, a madrasta da menina, Anna Carolina Jatobá, também foi condenada a pouco mais de 26 anos de detenção pelo homicídio. Há quase nove meses ela está em regime aberto, e participa de festas de formatura, casamento e até viaja de férias com os filhos para o Guarujá, no litoral de São Paulo. 

Relembre o caso

Anna Carolina Jatobá foi presa junto com Alexandre Nardoni, pai da menina Isabella
Anna Carolina Jatobá foi presa junto com Alexandre Nardoni, pai da menina Isabella
Foto: Arquivo/Estadão Conteúdo

O crime que vitimou Isabella, de 5 anos, ocorreu em 29 de março de 2008, quando ela foi jogada da janela do apartamento do pai, Alexandre Nardoni, no Edifício London, na Zona Norte de São Paulo. Ela passava o final de semana com ele, a madrasta, e os dois meio-irmãos, na época com 1 e 3 anos de idade. Todos estavam em casa no momento do crime.

Alexandre e Anna Carolina alegaram inicialmente que um ladrão invadiu o apartamento, cortou a tela de proteção de um dos quartos e atirou Isabella pela janela. Porém, as investigações concluíram que Isabella foi asfixiada pela madrasta  e depois lançada do sexto andar pelo pai. Isabella ainda estava viva quando foi arremessada do sexto andar.

Os dois enfretaram júri popular em março de 2010. O casal sempre negou a autoria do crime. Ao todo, o júri durou cinco dias e, ao final, ambos foram condenados por homicídio triplamente qualificado e fraude processual. Alexandre foi condenado a  31 anos de reclusão. Já Anna Carolina recebeu pena de 26 anos e 8 meses de reclusão.

Fonte: Redação Terra
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