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Mulher que arrancou 'órgão' de marido é condenada a 4 anos de prisão; defesa vai recorrer

Defesa tenta liberdade provisória de Daiane dos Santos Farias junto ao STJ; crime foi motivado por traição

16 mai 2024 - 12h42
(atualizado às 13h28)
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Frentista deseja reatar relacionamento com esposa que cortou seu órgão sexual
Frentista deseja reatar relacionamento com esposa que cortou seu órgão sexual
Foto: Reprodução

A cozinheira Daiane dos Santos Farias, de 34, foi condenada a mais de 4 anos de prisão por ter cortado o órgão sexual do marido, Gilberto Nogueira de Oliveira, com uma navalha. Ao Terra, a defesa da ré confirmou que vai recorrer da decisão do julgamento, que ocorreu nesta quarta-feira, 15, no Fórum de Atibaia, no interior de São Paulo. 

O crime ocorreu no dia 22 de dezembro de 2023. Ela se entregou e, desde então, estava presa na Penitenciária Feminina de Mogi Guaçu. As investigações concluíram que o caso se tratava de uma tentativa de homicídio. Na denúncia, no entanto, o Ministério Público constatou o fato com lesão corporal gravíssima. Por isso, Daiane não foi levada à júri popular. 

No julgamento, a cozinheira foi condenada a 4 anos, oito meses e 26 dias em regime fechado, com qualificadoras por ter praticado crime contra o cônjuge e motivo torpe. A advogada dela, Tássia Mafra, informou que vai recorrer da decisão, pois a juíza "não reconheceu a diminuição de pena por prática do delito sob forte emoção". 

"Pedimos a aplicação do semiaberto, e ela também não deu. Como a pena ficou menor que 6 anos, pode ser aplicado o semiaberto. No mais, foi um resultado muito bom. A juíza não majorou de forma exorbitante a pena. Foi ponderada", afirmou a defesa. 

Tássia ainda esclareceu que está pendente no Superior Tribunal de Justiça (STJ) o julgamento do pedido de liberdade provisória, considerando que o próprio Gilberto disse em juízo que Daiane não oferece riscos para a sua integridade física. 

Vítima perdoou 

Gilberto contou ao O Globo em abril que está pronto para reatar o relacionamento com a ex-esposa. Eles trocaram cartas nos últimos meses e o frentista disse que a 'perdoou completamente'. 

Na penitenciária, ela recebeu uma carta da vítima e respondeu relatando as condições do local e revelando sentir 'vergonha' pelo que fez ao marido. Ela, então, perguntou se o frentista estaria disposto a reatar o relacionamento. 

À reportagem, Gilberto disse que a perdoou completamente e que está disposto a aceitar Daiane de volta. Ele disse, ainda, que quer visitá-la na cadeia e arcar com os custos da defesa no processo, que giram em torno de R$ 40 mil. 

O homem acredita ter sido o responsável pelo que aconteceu. Gilberto concluiu que a traição com a sobrinha de 15 anos foi a origem de todo o problema vivido pela família. 

"Se não tivesse tido relações sexuais com a minha sobrinha no dia do aniversário da minha companheira, nada disso teria acontecido. Daiane é uma mulher maravilhosa, amorosa, que me ama. Ela não merecia ser traída dessa forma", disse o frentista. 

Relembre o caso

Na madrugada de 22 de dezembro de 2023, Daiane cortou, tirou foto e jogou na privada o órgão sexual do marido. O caso aconteceu no imóvel onde moravam em Atibaia. Segundo informações da Folha de S.Paulo, o motivo seria vingança por uma suposta traição. A própria mulher foi à delegacia para confessar o crime.

"Boa noite moço, eu vim me apresentar, porque eu acabei de cortar o pênis do meu marido", disse a mulher, ao se apresentar na delegacia com o irmão, segundo transcrito no boletim de ocorrência.

A mulher contou à polícia que decidiu arrancar o órgão sexual do marido depois de descobrir que ele a traiu com uma sobrinha, uma adolescente de 15 anos. Em detalhes, Daiane disse ter excitado o marido e durante o ato sexual, amarrou suas mãos com uma calcinha. 

Em seguida, cortou o órgão, tirou foto e jogou no vaso sanitário, puxando a descarga logo depois. Esse último gesto não foi à toa. Segundo relatou, ela tinha ouvido falar que era possível "reimplantar" o órgão.

O irmão da mulher, que mora perto do casal, contou que ouviu alguém gritar pedindo ajuda e se deparou com o cunhado com o short sujo de sangue. Antes mesmo que ele pudesse pegar a chave do carro, o homem foi até a UPA, que fica perto da residência.

Na época, o advogado que representava a mulher, Lucas Scardino Fries, disse que a acusada não agiu "com intenção deliberada de matar". "Por todo o tempo ela compareceu à delegacia para contribuir com a elucidação do caso concreto, que envolveu o relacionamento da vítima com a sobrinha", acrescentou o advogado. 

Fonte: Redação Terra
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